O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, revelou neste sábado (05/11) que integrantes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) ajudaram na operação militar na qual morreu “Alfonso Cano”, o principal chefe da organização.
“A operação Odisseia, que começou no dia 15 de outubro, contou com o auxílio de diversos serviços inteligência. As forças armadas foram planejando lenta e de forma segura o seu plano, executado de forma impecável”, disse o presidente em entrevista coletiva em Popayán, capital da região onde morreu o líder.
O chefe de estado declarou que chegou a chorar quando soube da notícia da morte de Alfonso Cano. “A porta do diálogo com as FARC não está fechada, mas eles devem acabar com o terrorismo. Se a organização quiser um acordo, podemos conversar. Senão, seguiremos pelo caminho militar”, disse Santos.
Sobre as pessoas que ainda estão em poder da guerrilha, o presidente afirmou “que elas não foram esquecidas e tudo está sendo feito para libertá-las”.
O chefe de Estado voltou a dizer que a morte do líder foi o golpe mais importante na luta contra as FARC. Muitos analistas consideram Cano como uma personalidade insubstituível dentro da organização. Segundo o presidente, presidente disse ainda que a “luta contra as FARC continua em todo país e que o governo não irá baixar a guarda”.
Guillermo León Sáenz, mais conhecido pelo apelido de Alfonso Cano, cai depois de apenas três anos no comando das FARC. Nascido em Bogotá, deixou a universidade de Antropologia em 1970 para entrar nas fileiras da guerrilha. Chegou ao comando em março de 2008, após a morte, por causas naturais, de Manuel Marulanda, fundador do grupo.
O ex-senador El adio Pérez, que permaneceu sete anos seqüestrado pelas FARC, mostrou sua preocupação pela liberdade dos reféns que permanecem sob controle da guerrilha: “Cano era a pessoa responsável por negociar as liberações dos reféns, e elas seguiam por um bom caminho”, alertou.
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