O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, acusou os “países arrogantes” do Ocidente de “darem rédea solta” a Israel “para cometer massacres” e “provocar a discórdia e a tensão no Oriente Médio”.
Ahmadinejad, que chegou nesta quarta-feira (13/10) a Beirute, capital do Líbano, para uma visita de dois dias (a primeira desde que assumiu o governo, em 2005), discursou em uma praça da capital, em um cerimônia em sua homenagem organizada pelos grupos xiitas Hizbolá e Amal.
Diante de milhares de pessoas com bandeiras do Líbano, do Irã e do Hizbolá, Ahmadinejad denunciou que, após a Segunda Guerra Mundial, os países ocidentais “criaram uma entidade estranha” no Oriente Médio, em referência a Israel, que perpetra “o assassinato de mulheres e homens, usa armas proibidas e ataca civis e frotas de ajuda”.
O presidente iraniano acusou o Ocidente de criar a “discórdia entre os povos que estão coexistindo durante séculos”.
Deturpação
“Os inimigos não desejam que os povos da região sejam fortes e unidos e que progridam. No Líbano, deturpam as notícias para acusar os amigos e semear a divisão”, disse Ahmadinejad em referência à possibilidade de que o Tribunal Especial para o Líbano, que investiga o assassinato do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri, acuse membros do Hisbolá.
Quanto à solução do conflito palestino-israelense, Ahmadinejad disse que só terá sucesso se for reconhecido “o direito legítimo dos palestinos, o retorno dos deslocados e de todos os ocupantes aos seus locais de origem”.
“Digo à ONU: basta de negligência. Tem que demonstrar que não é uma organização só para alguns países e deve obrigar os sionistas a cumprir as resoluções. Para reativar a amizade com os povos da região, os protetores de Israel devem colocar um fim à hegemonia dos sionistas, pedir desculpas e indenizá-los “, acrescentou.
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