O presidente do Iêmen, Ali Abdullah Saleh, aceitou formalmente uma iniciativa dos países do Golfo Pérsico para deixar o poder no prazo de um mês, informou neste domingo (24/04) à agência Efe o vice-ministro de Informação Abdu el Gindi.
“O presidente deu sua aprovação definitiva a toda a iniciativa do golfo (Pérsico) incondicional e no marco da Constituição do país”, disse Gindi. Segundo o vice-ministro de Informação, a aceitação de Saleh “responde às pressões norte-americanas e sauditas para pôr fim à crise”.
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A iniciativa, comunicada na quinta-feira passada por uma missão do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), integrado pela Arábia Saudita, Kuwait, Omã, Emirados Árabes Unidos, Catar e Bahrein, estabelece que Saleh ceda o poder ao vice-presidente Abdurabbo Mansour Hadi no prazo de 30 dias.
Neste sábado, a formação política do chefe de Estado, o Partido do Congresso Geral do Povo, anunciou que aceitou a proposta do CCG, mas um assistente presidencial consultado pela agência Efe, que pediu anonimato, insistiu em que o governante não tinha dado sua aprovação formal.
O plano determina, além disso, a formação de um governo de unidade liderado pela oposição, que prepare o país com vistas à realização de novo pleito.
Também fixa que no prazo de um mês Saleh ceda seus poderes ao vice-presidente, e que dois meses depois da transferência sejam realizadas eleições parlamentares e presidenciais.
A oposição se mostrou disposta a aceitar quase toda a proposta, menos “o referido ao governo de união nacional”, disse neste sábado à Efe o porta-voz da coalizão opositora, Mohammed Qahtan.
Manifestações
Por outro lado, ao menos quatro pessoas morreram neste domingo em choques durante uma manifestação na província de Taiz, a 257 quilômetros ao sudoeste de Sana, informou uma fonte dos serviços de segurança.
A fonte explicou que três das vítimas eram partidárias da oposição e a quarta era seguidora de Saleh.
Os enfrentamentos ocorreram na região de Chamaitin durante um protesto que pedia a renúncia do presidente.
A Polícia interveio para deter os choques entre fiéis e detratores de Saleh e dispersou os manifestantes com disparos ao ar.
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