Desejando “tornar as fronteiras externas impermeáveis” como uma “união entre Polônia e Itália”, o primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawieck, reuniu-se nesta quarta-feira (05/07) com sua homóloga italiana, Giorgia Meloni, em Varsóvia.
A declaração antimigrat´ória foi feita por Morawiecki, afirmando que o “combate da imigração ilegal é a melhor receita” entre as similaridades de Roma e Varsóvia.
Em coletiva de imprensa conjunta, Meloni, que sempre mostrou alinhamento com Morawiecki e outros líderes de extrema direita na União Europeia, disse que nunca reclamaria “de quem defende os interesses nacionais”. A declaração vem após a Itália apoiar o ´plano migratório proposto pela UE, alvo de críticas por parte da Polônia.
“Estou admirada por como Morawiecki demonstra força ao defender o interesse da Polônia, mas não existe divisão porque trabalhamos para frear a migração ilegal, e não para administrá-la”, declarou Meloni.
Twitter/Chancellery of the Prime Minister of Poland
Meloni sempre mostrou alinhamento com Morawiecki e outros líderes de extrema direita na União Europeia
Na última semana, Hungria e Polônia se opuseram a uma reforma nas regras migratórias da União Europeia, que prevê a participação de todos os Estados-membros no sistema de acolhimento aos milhares de solicitantes de refúgio que chegam à costa da Itália e da Grécia.
O acordo, aprovado sem unanimidade, algo incomum na UE, prevê que os países que se recusarem a receber os solicitantes de refúgio que desembarcam no sul do bloco paguem 20 mil euros por pessoa para um fundo administrado por Bruxelas.
Na ocasião, o governo polonês declarou que deseja “ser dono do próprio Estado” sendo que sua “soberania não pode ser atacada por instituições supranacionais, como a Comissão Europeia”.
O premiê ainda prometeu convocar um referendo para decidir quem “manda” na questão da imigração, o bloco ou um “país soberano”.
(*) Com Ansa