Os professores das escolas da rede pública do Chile inciaram nesta segunda-feira (03/06) em greve por tempo indeterminado como resposta ao rechaço por parte do Ministério da Educação chileno às reivindicações dos magistrados.
A paralisação vem após um ano de negociações entre a categoria e o governo que terminaram com o poder público desconhecendo avanços conquistados durante os diálogos e rechaçando as propostas dos professores.
Segundo Mario Aguilar, presidente da organização sindical dos docentes chilenos, os professores não estão pedindo reajuste salarial, mas sim melhorias no setor educacional. Aguilar declarou que durante meses manteve diálogo com o governo para que fosse estabelecido medidas para o setor, porém nenhum acordo foi realizado.
“Lamentavelmente não houve resposta do governo, eles nos propuseram soluções, mas isso nem sequer foi levantado em sua proposta escrita”, afirmou Aguilar.
“Há escolas com pragas de camundongos, onde o material didático ainda não chega. A Diretoria Nacional de Educação Pública não tem diretor desde novembro”, disse o presidente da organização.
Grade curricular
O Ministério da Educação do Chile aprovou em maio um novo plano de estudos que torna optativa as matérias de história e educação física para o Ensino Médio.
A medida foi rechaçada pelos docentes que solicitam que o presidente Sebastian Piñera volte atrás e torne as disciplinas obrigatórias novamente. Aguilar criticou a medida e declarou que a reforma “provoca um dano na educação”.
Reprodução
Manifestantes em defesa da educação pública no Chile.