O presidente da Rússia, Vladimir Putin, manifestou apoio ao cessar-fogo ordenado por seu homônimo ucraniano, Petro Poroshenko, e sua iniciativa de paz para o leste da Ucrânia. Em declarações feitas neste sábado (21/06), o Kremilin pontuou que Kiev deve se abrir a negociações com os grupos separatistas no leste do país.
Agência Efe
Ucraniana oferece flores a novos voluntários das forças pró-Rússia
Putin afirmou que o plano proposto por Poroshenko não será realista se não incluir “ações práticas que apontem para um começo do processo de negociações” com os grupos pró-Rússia no país.
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Para o mandatário russo, o plano de paz anunciado ontem pelo presidente da Ucrânia “não deve ter um caráter de ultimato às milícias”.
Moscou considerou “inaceitável a situação em que, após a ordem de cessar-fogo, projéteis atinjam o território russo, causando não só danos materiais, mas também pondo em perigo a vida e a saúde dos nossos cidadãos”.
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“A possibilidade que a cessação das ações de combate abre deve ser aproveitada para iniciar conversas construtivas e a conquista de compromissos políticos entre as partes em conflito no leste da Ucrânia”, completou Putin.
Plano ucraniano
O plano de paz de Poroshenko inclui o desarmamento das milícias e a criação de corredores seguros para que “os mercenários russos e ucranianos” possam abandonar o território da Ucrânia.
Agência Efe
Poroshenko conversa com cidadãos em Donetsk após o anúncio do cessar-fogo que vai até dia 27
De acordo com a agência russa Interfax, Poroshenko declarou que o cessar-fogo temporário daria aos separatistas uma semana para deixar as armas; depois disso “eles terão de ser eliminados”.
Ontem, o governo russo denunciou que o cessar-fogo anunciado por Kiev é, na verdade, um “ultimato” aos separatistas e não “uma oferta de paz aos adversários”.