O presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou na terça-feira (27/) um decreto que proíbe o fornecimento de petróleo aos países que assinaram o acordo recente de imposição de um limite de preço especificamente ao produto russo.
A medida é uma resposta de Moscou à sanção estabelecida dias atrás por países como Austrália e todos os membros da União Europeia, além de Estados Unidos, Canadá e Japão.
Esses países impuseram um limite de preço de 60 dólares o barril para o petróleo russo. como forma de castigar a Rússia pelo conflito armado com a Ucrânia.
A secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen justificou a iniciativa dizendo que é preciso “restringir a principal fonte de receita da Rússia para sua operação militar na Ucrânia, e ao mesmo tempo preservar a estabilidade do abastecimento mundial de energia”.
Stanislav Krasilnikov / TASS
Refinaria de petróleo na Rússia
De acordo com o documento oficial do Kremlin, “em decorrência das ações hostis e contrárias ao direito internacional tomadas por parte de Estados Unidos e de outras nações estrangeiras e organizações internacionais aliadas, o fornecimento de petróleo e derivados de petróleo será proibido pelos russos a pessoas físicas e jurídicas estrangeiras, nos casos de os contratos desses fornecimentos previrem a utilização de um mecanismo de limitação de preços”.
O governo russo também qualificou a iniciativa ocidental como uma “medida antimercado, que pode complicar consideravelmente a situação nos mercados mundiais de energia”.
Para finalizar, o Kremlin esclareceu que sua nova política entrará em vigor em 1º de fevereiro de 2023 e vigorará pelo menos até 1º de julho de 2023.
Menos de uma hora após a divulgação do documento, os preços do petróleo dispararam nas principais bolsas de valores do mundo. Por exemplo, o petróleo Brent subiu 86 dólares o barril, segundo dados da bolsa ICE de Londres.