O presidente do Equador, Rafael Correa, assumiu hoje (10) um novo mandato, com a promessa de promover reformas em setores-chave da economia, para obter mais recursos para projetos sociais e aumentar o controle estatal sobre áreas hoje privadas.
“Vamos aprofundar e radicalizar a revolução cidadã. Nada nem ninguém deterá o furacão da soberania e da dignidade”, disse recentemente Correa, segundo agências de notícias.
Durante a cerimônia de posse, realizada na sede da Assembleia Nacional do país, Correa instou os banqueiros e donos de meios de comunicação a deixarem de “agredir a nação por meio de suas ações”.
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Correa, economista de 46 anos, tem atualmente uma popularidade que oscila entre 40% e 50%, segundo institutos de pesquisa equatorianos. Ele chegou a ter 70% durante o primeiro mandato.
Relações bilaterais
O presidente ratificou sua disposição de seguir lutando em favor da integração latino-americana e de continuar trabalhando com a Unasul (União das Nações Sul-Americanas) e da Alba (Aliança Bolivariana para as Américas).
Correa recordou os diversos acordos bilaterais assinados em sua gestão de dois anos e tomou como exemplo a abertura de embaixadas na África, Oriente Médio e Ásia.
Assim mesmo, destacou o comércio com o Peru, Chile e Estados Unidos, “sempre embasado no respeito e na não violação da soberania”.
Colômbia
A respeito da ocupação de sete bases colombianas por parte do Exército norte-americano, Correa afirmou que é um fato que afeta todo o continente e reiterou seu rechaço. “Levantamos uma voz de protesto ante essa situação”.
Correa reclamou do fato de a Colômbia acusar o Equador de ter relações com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).
“Nunca se falam dos milhares de refugiados que são acolhidos com muito carinho pelo Equador, por causa de uma guerra que não é nossa”, sustentou.
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