O senador norte-americano Bernie Sanders (Vermont), pré-candidato à Presidência dos EUA nas eleições do ano que vem, foi criticado neste sábado (23/02) por manifestar apoio à suposta “ajuda humanitária” dos Estados Unidos à Venezuela, alinhando-se à posição do governo de Donald Trump.
“O povo da Venezuela estão enfrentando uma séria crise humanitária. O governo Maduro deve colocar as necessidades da população em primeiro lugar, autorizar a entrada da ajuda humanitária no país e evitar violência contra manifestantes”, tuitou Sanders no sábado.
The people of Venezuela are enduring a serious humanitarian crisis. The Maduro government must put the needs of its people first, allow humanitarian aid into the country, and refrain from violence against protesters.
— Bernie Sanders (@SenSanders) 23 de fevereiro de 2019
Um dos que criticou Sanders foi o cantor Roger Waters. “Bernie, você só pode estar brincando! Se você comprar a linha de Trump, Bolton, Abrams e Rubio de ‘intervenção humanitária’, você não pode ser um candidato viável a presidente dos EUA. Ou, talvez possa, talvez você seja o perfeito pau-mandado do 1%”, afirmou.
Bernie, are you f-ing kidding me! if you buy the Trump, Bolton, Abrams, Rubio line, “humanitarian intervention” and collude in the destruction of Venezuela, you cannot be credible candidate for President of the USA. Or, maybe you can, maybe you’re the perfect stooge for the 1 %.
— Roger Waters (@rogerwaters) 23 de fevereiro de 2019
A posição tomada por Sanders foi a mesma de antigos e atuais adversários políticos – a ex-secretária de Estado Hillary Clinton e o senador republicano Marco Rubio, que se apresentaram como candidatos à Presidência dos EUA em 2016, também se manifestaram a favor da entrada da suposta ajuda.
A “ajuda humanitária” oferecida por EUA, Brasil e Colômbia foi rejeitada pelo governo de Nicolás Maduro, que considerou que ela seria uma espécie de “cavalo de Troia” encomendado por Washington. A decisão de enviar o que seria essa ajuda foi tomada após o deputado opositor Juan Guaidó se autoproclamar “presidente encarregado” da Venezuela.
Os EUA e vários países da Europa e América Latina, inclusive o Brasil, reconheceram Guaidó como presidente interino do país. Rússia, China, Cuba, Bolívia, Nicarágua, Turquia, México, Irã e muitos outros países manifestaram seu apoio a Maduro como presidente legítimo do país e exigiram que os outros países respeitem o princípio de não interferência nos assuntos internos do país latino-americano.
(*) Com RT e Sputnik
AFGE
Sanders defendeu entrada de "ajuda humanitária" na Venezuela