O Senado argentino aprovou, nesta quarta-feira (27/04), um projeto de lei que proíbe empresas e Estados de demitirem funcionários nos próximos 180 dias. Foram 48 votos a favor e 16 contra.
Agência Efe
Aprovação da proposta no Senado foi a primeira derrota do governo Mauricio Macri no Congresso argentino
A aprovação da proposta, impulsionada pela FpV (Frente para a Vitória) com apoio de outros partidos, foi a primeira derrota do governo Mauricio Macri no Congresso argentino.
O projeto determina o pagamento de uma indenização em dobro aos trabalhadores demitidos sem justa causa ou sua imediata reincorporação à empresa
“Com este projeto estamos reafirmando a Constituição Nacional, que está aí para ser cumprida e garantir os direitos de todos os trabalhadores”, disse ao jornal Pagina 12 o presidente da Comissão de Trabalho e Previdência Social, Daniel Lovera.
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A coalizão governista Cambiemos afirmou que a iniciativa criará obstáculos para a geração de novos empregos.
No entanto, os defensores da proposta lembram que a medida não será válida para postos de trabalho criados depois de dezembro de 2015.
O projeto passará agora para a Câmara dos Deputados. Segundo o líder da FpV no Senado, Miguel Angel Pichetto, não serão aceitas mudanças na proposta para eliminar micro, pequenas e médias empresas da lei.
Para a sexta-feira (29/04) está prevista uma manifestação convocada pelas cinco centrais sindicais argentinas contra as demissões.