Atualizado às 18h51
O Dia Internacional do Trabalhador, celebrado neste domingo (01/05), foi marcado por uma série de tensões entre forças de segurança e manifestantes que revindicavam mais e melhores direitos durante protestos que são organizados anualmente nas principais capitais ao redor do mundo.
Em Paris, na França, os manifestantes se posicionaram contra as reformas do presidente François Hollande que, segundo ele, visam combater a crise econômia e o decorrente desemprego que assola o país. Alguns dos participantes acabaram ateando fogo a carros e foram repreendidos com bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia.
Agência Efe
Manifestantes fogem de gás lacrimogêneo lançado pela polícia
Em Istambul o governo mandou quase 25 mil policiais às ruas para vigiar e conter as manifestações do Dia do Trabalhador na capital turca, que se posicionaram contra o presidente conservador Recep Tayyip Erdogan. A polícia usou gás lacrimogêneo e canhões de água para dispersar mais de 200 participantes que tentavam chegar à praça Taksim, no centro da cidade. Um homem foi morto.
Durante manifestação em Manila, capital das Filipinas, os participantes queimaram uma efígie do presidente do país, Benigno Aquino III. Os manifestantes reivindicavam melhores salários, melhores condições de trabalho, benefícios de aposentadoria, menos impostos, serviços sociais públicos e o fim do domínio internacional sobre a nação. A passeata foi reprimida pela polícia, que usou canhões de água, quando se aproximava da embaixada dos EUA na ilha.
Agência Efe
Polícia reprimiu manifestantes durante passeata nas Filipinas
Na capital do Egito, Cairo, 36 sindicatos de trabalhadores se reuniram para denunciar a legislação “anti-trabalhista” do governo do presidente Abdul Fatah Khalil Al-Sisi. Um dos organizadores da manifestação chegou a ser preso antes do ato acontecer, no sábado (31/05), motivo pelo qual os manifestantes declararam estarem realizando um ato de “luto” neste domingo.
Na Alemanha, conhecida por seus protestos geralmente violentos, a mídia local reportou manifestações pacíficas, principalmente na capital, Berlim, que contou com cerca de 2.300 pessoas. Em Hamburgo, entretanto, os participantes e a polícia entraram em confronto — uma pessoa foi presa.
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A marcha em Madrid, na Espanha, também pacífica, foi a maior do país — seguida pela de Barcelona —, com milhares pessoas contra a “pobreza salarial e social”. O ato contou com a participação do presidente do PSOE (Partido Socialistas Operário Espanhol), Pedro Sánchez, e representantes do Podemos e do Ciudadanos. Os sindicatos também chamaram a população para “encher as urnas” com votos de trabalhadores nas próximas eleições parlamentares, que ocorrerão após o fracasso da candidatura de Sánchez à presidência de governo do país.
Agência Efe
Manifestação em Madrid contou com a participação de representantes do principais partidos do país
Os manifestantes argentinos protestaram, em Buenos Aires, contra as reformas do recém-eleito Mauricio Macri que provocaram demissões em massa. Durante o ato, o sindicato dos Trabalhadores do Transporte afirmou que, inclusive, considera uma greve geral dos transportes.
No Brasil, sindicatos e movimentos sociais organizaram passeatas em diversas capitais do país cujo foco era protestar contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Em São Paulo, a mandartária realizou um discurso em que afirmou que irá “resistir e lutar até o fim”.
Na capital russa, Moscou, cerca de 100 mil pessoas se reuniram na Praça Vermelha contra o aumento de preços e impostos e pelo aumento de salários e pensões.