O filme Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Dois, com estreia prevista para junho de 2024, teve as gravações interrompidas após o protagonista, Tom Cruise, aderir à greve de atores de Hollywood.
As instalações do Longcross Film Studios, em Surrey, no oeste de Londres, onde aconteciam as filmagens, se esvaziaram. A paralisação dos 160 mil atores sindicalizados no Screen Actors Guild, o SAG-AFTRA, foi anunciada na última quinta-feira (13/07).
De acordo com o portal Hollywood Reporter, antes de Cruise aderir à paralisação, o ator representou o sindicato de sua categoria nas negociações para evitar a greve. Sem sucesso nas reuniões, as gravações de Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Dois foram pausadas.
Apesar do envolvimento do ator na greve, Cruise pediu, segundo o Hollywood Reporter que os filmes em cartaz pudessem continuar a ser divulgados pelos atores – medida que o SAG-AFTRA não aprovou. Assim, as divulgações de Missão: Impossível – Acerto De Contas Parte 1 também foram interrompidas.
Segundo a informação, o ator do longa-metragem que estrou nesta semana no Brasil também defendeu os interesses dos dublês, pedindo por mais regras nos sets de gravação, como também maior segurança nas filmagens.
A paralisação nos Estados Unidos, decidida em votação unânime, se junta à greve dos roteiristas, em curso desde o início de maio. As mobilizações têm demandas semelhantes, entre elas está o aumento na remuneração pelos royalties advindos do streaming.
A outra exigência se refere ao uso de inteligência artificial. Os atores não querem ser replicados digitalmente sem consentimento ou remuneração em qualquer tipo de produção.
Wikicommons
Tom Cruise representou sindicato de sua categoria nas negociações para evitar a greve contra Hollywood
Setor audiovisual da Itália protesta
A paralisação dos roteiristas e artistas contra os estúdios de Hollywood fez o setor audiovisual na Itália se unir para protestar contra “a remuneração inadequada por plataformas de streaming”.
A Writers Guild Italia (WGI), sindicato de roteiristas, juntamente com outras cinco associações – Artisti 7607, Associação de Diretores Italianos (Air3), Associação Nacional de Atores de Dublagem (Anad), União Nacional de Intérpretes de Teatro e Audiovisual (Unita) e 100 autores -, enviou uma carta à primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, para trazer à tona “questões profissionais que não podem mais ser adiadas”.
As associações, que representam milhares de profissionais entre autores, roteiristas, artistas performáticos e dubladores envolvidos na produção audiovisual italiana, pedem uma reunião urgente que não pode ser mais adiada.
“Sobre o tema da remuneração inadequada por plataformas de streaming para nossas categorias, acompanhamos as audiências na Comissão de Cultura do Senado da República. Durante as sessões, os representantes das plataformas argumentaram, com interpretações normativas instrumentais, estar em conformidade com as disposições legais sobre transmissão de dados e pagar taxas ‘adequadas e proporcionais'”, diz um trecho do texto.
No entanto, de acordo com o grupo, “são declarações sem provas” e “os representantes das plataformas fugiram completamente à questão da informação sobre as receitas que geram na Itália e não comunicaram qual o nível médio de remuneração que as plataformas correspondem aos profissionais envolvidos nas obras”.
O documento também critica o fato de ser “negado o acesso a uma compensação ‘adequada e proporcional’ pelo fruto do seu trabalho, conforme previsto na lei”.
(*) Com Ansa e Brasil247