Centenas de milhares de europeus saíram às ruas das principais capitais dos países da União Europeia para protestar contra medidas de austeridade aplicadas pelos governos para conter a crise financeira. Cidadãos da Grécia, Bruxelas, Luxemburgo, República Tcheca, Dinamarca e França planejaram grandes manifestações para esta quarta-feira (15/12).
Os protestos foram convocados pela Confederação Europeia de Sindicatos. Segundo o secretário-geral da confederação, John Monks, a jornada de greve serve para mostrar a insatisfação dos trabalhadores, “que têm a impressão de que são eles que pagam a conta da última crise”.
“Os planos de rigor atingem salários, pensões e benefícios sociais. Estão desmantelando a nossa Europa social”, reclamou o sindicalista. Ele acrescenta que, “enquanto o povo sofre, os bancos embolsam os lucros e transferem suas perdas”, afirmou Monks, segundo a Rádio França Internacional.
Além de protestos e paralisações em toda a Europa, está previsto um ato simbólico em frente à Comissão Europeia de Bruxelas. Os militantes vão formar um cinturão humano simbolizando o arrocho nos orçamentos. Na quinta-feira, chefes de Estado europeus vão discutir soluções para os problemas econômicos atuais da zona euro.
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Grécia
Desde as primeiras horas da manhã todos os aeroportos e outros sistemas de transporte, como trens, deixaram de funcionar na Grécia. a greve, os hospitais públicos atenderão somente as emergências. Nos tribunais, ministérios, creches e bancos só serão prestados serviços mínimos.
A União de Funcionários Fiscais (Adedy) convocou seus filiados a uma manifestação em frente ao Parlamento e nas principais cidades gregas, em protesto contra a redução paulatina do setor e os cortes de até 25% em salários e pensões sofridos nos últimos dez meses.
A Grécia, que atravessa uma das piores crises econômicas das últimas décadas, foi o primeiro país europeu a receber uma ajuda bilionária da União Europeia e do FMI (Fundo Monetário Internacional), em troca de medidas de austeridade, que incluem aumento de impostos e cortes de salários.
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