Trabalhadores de várias categorias profissionais na Grécia começaram nesta quarta-feira (19/10) uma greve geral de 48 horas. Os primeiros a aderir à paralisação foram os jornalistas. O protesto é uma reação ao pacote elaborado pelo governo, com novos cortes de gastos para combater o endividamento. As medidas incluem a demissão de funcionários públicos, o aumento de impostos e taxas, além da redução de gastos.
“Alemanha, pague suas dívidas da 2ª Guerra Mundial”, destaca cartaz na manifestação
De acordo com a polícia, cerca de 70 mil pessoas se dirigiram à praça central de Atenas, juntando-se a um total de 125 mil manifestantes em todo o país. Em outro local, cerca de 300 dos milhares de proprietários de táxis que protestavam contra a liberalização da profissão atacaram um cordão policial com pedras e lixo, provocando o disparo de bombas de gás lacrimogêneo.
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No pacote, há ainda a previsão de cortes de salários e benefícios para aposentados. A proposta será votada pelo Parlamento da Grécia ainda nesta semana, segundo estimativa das autoridades. Para os sindicatos, os cortes prejudicam a economia grega e intensificam os problemas com a dívida.
A comunidade internacional cobra da Grécia reações para reduzir o déficit público – que ultrapassa em três vezes o valor permitido pela União Europeia – e para diminuir a dívida pública calculada em 350 bilhões de euros.
A União Europeia e o FMI (Fundo Monetário Internacional) avisaram que o governo da Grécia tem de promover reformas estruturais, uma exigência para a autorização do uso do fundo europeu de 110 bilhões de euros, que representa a principal forma de financiamento do Estado grego.
Veja imagens dos protestos gregos:
Efe
Greve terá duração de 48 horas
Efe
Polícia reprimiu os protestos, gerando conflitos com manifestantes
Efe
Polícia usou bombas de efeito moral para dispersar as marchas
*Com informações da BBC Brasil e da agência pública de notícias de Portugal, Lusa
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