O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela ordenou nesta quinta-feira (02/05) a prisão do ex-deputado Leopoldo López, “liberado” na última terça pelo autoproclamado presidente interino do país Juan Guaidó durante uma tentativa de golpe de Estado.
Em nota oficial, o TSJ afirmou que “O 5º Tribunal de Primeira Instância da aérea metropolitana de Caracas revogou a medida de prisão domiciliar do cidadão Leopoldo López por violá-la flagrantemente”.
A Justiça venezuelana ainda ordenou que o ex-deputado, um dos líderes do partido de direita Vontade Popular, “continue cumprindo sua pena de 13 anos de prisão – dos quais já cumpriu cinco anos, dois meses e 12 dias”.
O TSJ afirmou que “é um feito público, notório e comunicacional a violação por parte de Leopoldo López da medida de prisão domiciliar” e ordenou que o Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) cumpra a ordem de prisão.
Na última terça-feira (30/04), López foi visto caminhando livremente pelas ruas de Caracas, ao lado de Guaidó, durante uma tentativa de golpe de Estado para derrubar o presidente Nicolás Maduro.
Após o levante fracassar, o chanceler do Chile, Roberto Ampuero, confirmou que López havia pedido asilo político na embaixada chilena em Caracas. Entretanto, na quarta-feira (01/05), o Ministério das Relações Exteriores da Espanha declarou que o ex-deputado havia entrado como hóspede na embaixada espanhola.
López havia sido condenado à prisão em 2015 por envolvimento em atos violentos que causaram 43 mortes decorrentes dos protestos antigoverno realizados em 2014. Ele havia recebido a pena máxima – 13 anos, nove meses e sete dias – pelos crimes de que era acusado: incitação à violência, formação de quadrilha, incêndio criminoso e danos à propriedade.
Desde 2017, o ex-deputado passou a cumprir prisão domiciliar. Ele teve o regime de prisão alterado devido a “problemas de saúde”, segundo informou o TSJ à época.
Agência Efe
Na última terça, López foi visto caminhando livremente pelas ruas de Caracas