O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump entrou com uma ação com pedido de reintegração para poder se candidatar nas primárias presidenciais do Maine, o segundo estado norte-americano a desqualificar o ultradireitista a ocupar cargos públicos devido à sua participação no ataque ao Capitólio, em 6 de janeiro de 2021.
As informações são do jornal norte-americano Financial Times. Na terça-feira (02/01), Trump pediu a “reversão” da decisão da secretária do Estado do Maine, Shenna Bellows, em relação à sua inelegibilidade no território alegando que a representante é uma “tomadora de decisões tendenciosa”.
O apelo de Trump e sua recusa à determinação estadual acontece uma semana após Bellows ter avaliado que o ex-presidente de extrema direita não estava qualificado para cargos superiores.
A decisão da autoridade foi baseada na 14ª Emenda da Constituição dos Estados Unidos, documento que proíbe a ocupação de cargos públicos por quem se envolveu em insurreições.
Flickr/Donald Trump
Donald Trump entra com uma ação com pedido de reintegração para poder se candidatar nas primárias presidenciais do Maine
O republicano, que se recusou a aceitar os resultados eleitorais em 2020 que deram vitória ao democrata Joe Biden na Casa Branca, “incentivou” seus apoiadores a invadirem o legislativo norte-americano. Foi este um dos argumentos dados por Bellows, que afirmou que Trump “usou uma narrativa falsa de fraude eleitoral para inflamar seus apoiadores” e “estava ciente da probabilidade de violência e pelo menos inicialmente apoiou seu uso”.
Um mês após a decisão do estado do Colorado, Maine foi o segundo a desqualificar o ultradireitista para concorrer às primárias eleitorais, que acontecerão em 5 de março, quando 15 estados devem definir os nomes que os partidos apresentarão na eleição presidencial, em maio.
Vale lembrar que Maine é um Colégio Eleitoral importante nos Estados Unidos, e a decisão de Shenna Bellows teria consequências de longo alcance no caso de uma eleição presidencial acirrada.
(*) Com Sputnik News