O Tribunal Supremo Eleitoral (TSE) do governo interino da Bolívia anunciou na noite desta segunda-feira (17/02) que ainda não decidiu sobre a impugnação da candidatura do ex-presidente Evo Morales ao Senado para as eleições do dia 3 de maio.
Após alegar a falta de documentação necessária para autorizar a entrada de Evo na disputa eleitoral, o TSE havia definido o dia 17 de fevereiro como prazo para decisão.
Salvador Romero, presidente do órgão, afirmou que o anúncio será feito o mais breve possível, mas não deu nenhum outro prazo.
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O Movimento ao Socialismo (MAS), partido de Evo, cobra do governo interino as garantias para a realização de um processo eleitoral justo, uma vez que diversos candidatos da legenda encontraram impedimentos junto à Justiça eleitoral.
Na última semana, a ex-presidente do Senado da Bolívia Adriana Salvatierra, candidata à Câmara dos Deputados por Santa Cruz, pelo MAS, teve sua candidatura suspensa pelo TSE.
Wikicommons
MAS cobra garantias para processo eleitoral justo
O processo eleitoral na Bolívia, que culminará no pleito do dia 3 de maio, é marcado por uma escalada autoritária do governo da presidente autoproclamada Jeanine Áñez, que já prendeu diversos militantes e lideranças políticas do MAS. Ex-ministros do governo de Evo estão refugiados na embaixada do México desde o dia 10 de novembro, quando forças militares e da direita deram um golpe de Estado que forçou a renúncia de Morales.