Dois dias depois de o presidente ucraniano, Viktor Yanukovich, rejeitar o acordo comercial proposto pela UE (União Europeia), dezenas de milhares de opositores saíram às ruas neste domingo (01/12). Os manifestantes protestaram não apenas em favor da proposta de associação ao bloco europeu, mas também contra a proibição de atos na Praça da Independência.
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A Justiça local proibiu manifestações na Praça da Independência até o dia 7 de janeiro. No entanto, com a chegada de cerca de 10 mil pessoas, os policiais que faziam a segurança deixaram o local.
Agência Efe
Praça da Independência tem abrigado manifestações de repúdio e de apoio à decisão do presidente Yanukovich
Neste domingo, o presidente da Ucrânia afirmou que fará todo o possível para acelerar o processo de aproximação entre seu país e a UE, mas ressaltou que a negociação deve ser feita como “parceiros igualitários”.
“Farei tudo o que dependa de mim para acelerar o processo de aproximação da Ucrânia com a União Europeia, sem permitir para isso grandes perdas para nossa economia nem a piora das condições de vida de nossos cidadãos”, afirmou Yanukovich em mensagem à nação pela comemoração do aniversário do referendo de independência da Ucrânia da União Soviética.
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“Devemos nos guiar exclusivamente pelos interesses nacionais e ser responsáveis diante do futuro. Devemos situar nosso país no mapa político da Europa e do mundo, como um Estado grande e soberano”, acrescentou o mandatário.
De acordo com Yanukovich, o acordo proposto pelo bloco europeu, que obrigaria o país a se adequar à legislação da UE, geraria grandes dificuldades para “as camadas mais desfavorecidas dos ucranianos”.