A Guiné-Bissau foi suspensa da União Africana pelo golpe de Estado ocorrido no último dia 12. O anúncio foi feito nesta terça-feira (17/04) pelo presidente do Conselho de Paz e Segurança da organização, Ramtane Lamamra.
O bloco integrado por 54 países estuda também a possibilidade de impor sanções e desdobrar uma “força de estabilização” internacional para manter a ordem no país, disse Lamamra em Adis-Abeba, após uma reunião do Conselho sobre o golpe militar.
Segundo o presidente do Conselho de Paz e Segurança, a União Africana tomou a decisão de suspender Guiné-Bissau após ter comprovado que os sequestros dos mais altos comandantes do país no último dia 12 e as posteriores ações dos militares constituem um golpe de Estado.
“Decidimos suspender Guiné-Bissau de qualquer atividade da União Africana até que o país volte à ordem constitucional”, declarou Lamamra, que disse ainda que a UA cogita congelar os bens dos líderes dos militares golpistas.
Além disso, o Conselho de Paz e Segurança destacou que a União Africana considera os protagonistas do golpe de Estado responsáveis pela segurança do presidente de Guiné-Bissau, Raimundo Pereira, e do favorito para ganhar as próximas eleições do país, Carlos Gomes Júnior, a quem mantêm sob sua custódia desde o levante.
O golpe de Estado aconteceu enquanto o país – um dos mais pobres do mundo – está em pleno processo eleitoral para o segundo turno do pleito presidencial, marcado para o dia 29 de abril.
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