A alta taxa de urbanização e o rápido crescimento econômico da América Latina estão pondo em risco a qualidade do ar e da água na região, advertiu nesta quinta-feira (19/05) o PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente).
O estudo do GEO-6 (Previsão Meio Ambiental Global), apresentado em Nairóbi, revela que a contínua expansão das áreas urbanas, o crescimento da população e o aumento do consumo dispararam as emissões de gases poluentes deixando mais de 100 milhões de pessoas em situação de risco.
Flickr/CC/Andre Deak
Vista da cidade de São Paulo; segundo PNUMA, emissões de gases poluentes dispararam na América Latina
Outra das grandes ameaças para o futuro da América Latina é a gestão dos recursos aquíferos, especialmente os dedicados à agricultura, que consomem 68% de água na região.
Segundo as estimativas do PNUMA, 30 milhões de pessoas não tinham fornecimento de água em 2013, o que aumentou a probabilidade de contrair doenças como malária, cólera ou disenteria.
O estudo do GEO-6 calcula que cerca de 45% de água é perdida inclusive antes de chegar ao consumidor final e, ao mesmo tempo, as altas temperaturas e as baixas precipitações registradas nos dois últimos anos produzem secas cada vez mais graves.
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A proliferação de gados e zonas de pasto também tiveram um grande impacto nas emissões de óxido nitroso (+29%) e metano (+19%), mas sobretudo supuseram uma enorme perda para a massa florestal da zona.
O relatório GEO-6 (Previsão Meio Ambiental Global) faz parte dos esforços globais para combater a mudança climática e é uma antecipação da segunda UNEA-2 (Assembleia Meio Ambiental das Nações Unidas), que acontecerá na próxima semana em Nairóbi.