Este domingo (20/08) de votação no Equador foi encerrado após as urnas fecharem no país. Com mais de 13,4 milhões de equatorianos aptos a votarem, o pleito transcorreu de forma regular, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Ainda de acordo com o órgão, é esperado que os primeiros resultados oficiais da eleição sejam divulgados a partir das 21h30 (horário de Brasília). Isso porque, não há garantia que bocas de urnas serão realizadas.
A empresa Cedatos, uma das mais importantes pesquisas de opinião do Equador, afirmou que não irá realizar pesquisas de boca de urna durante as eleições antecipadas deste domingo por falta de segurança. Segundo a entidade, não há “garantias para proteger a segurança institucional e a integridade física de seu pessoal”. Com isso, o CNE assegurou que os resultados oficiais estarão por conta do órgão.
Diana Atamaint, presidente do conselho eleitoral, disse pela manhã que 100% das mesas de votação foram instaladas no país e encorajou os equatorianos a irem às urnas porque a “democracia precisa que seu povo se expresse”. O pleito foi realizado sob fortes medidas de segurança diante da onda de violência no país, que teve ainda o assassinato do candidato presidencial Fernando Villavicencio.
“Hoje vence a democracia, hoje vence o Equador”, disse Atamaint, que destacou que pela primeira vez haverá paridade de gênero nos binômios presidenciais. No total, 96.000 soldados e policiais foram destacados para os 4.000 locais eleitorais.
Até às 15h locais (17h de Brasília) participação era de 61%.
Os equatorianos votaram neste domingo para presidente e vice, os 137 integrantes da Assembleia Nacional e ainda em duas consultas populares sobre temas ecológicos. Os candidatos eleitos terão um mandato até 2025, um período curto já que esta eleição foi antecipada pelo mandatário Guillermo Lasso, que, para escapar de um impeachment, decretou por meio do mecanismo jurídico chamado 'morte cruzada' um novo pleito, fim do seu governo e dissolveu a Assembleia Nacional.
Reprodução / @cnegobec
Jornada eleitoral foi marcada sem incidentes nos postos de votação do país
Oito candidatos presidenciais, uma mulher e sete homens, procuram suceder Lasso ao poder: a correísta Luisa González (Revolução Cidadã) e Jan Topic (Por um País sem Medo) lideram a preferência do eleitorado e, em tese, são os mais cotados para disputarem o segundo turno.
Voto no exterior
Diferente do período eleitoral sem incidentes no país, o Conselho Nacional Eleitoral teve que pedir paciência aos eleitores no exterior, já que denunciaram inúmeras irregularidades no acesso à plataforma.
“Devido à grande procura de eleitores, pedimos aos compatriotas que tenham paciência enquanto se processa a informação”, disse a organização, indicando que somente na manhã do domingo, mais de 113 mil eleitores fora do Equador tinham registrado seus votos.
As irregularidades se apresentaram ao acessar o site do CNE do Equador para Votação Telemática.
O Ministério das Relações Exteriores do Equador também informou que vários escritórios consulares relataram a dificuldade de votar eletronicamente. Assim como o movimento correísta Revolução Cidadã denunciou que o sistema implementado pelo CNE para o voto telemático dos equatorianos residentes no exterior apresentou “sérias deficiências”.
Para quem estava no exterior, o conselho disse que havia assistência técnica para auxiliar aos que tiveram dificuldades para votar.
(*) Com Telesur.