Sábado, 14 de junho de 2025
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O governo da Venezuela disse neste sábado (28/12) que iniciou os trâmites diplomáticos para que o Brasil entregue os cinco militares capturados nesta sexta (27/12) em Roraima, os quais Caracas afirma serem desertores e os responsáveis pelo assalto a um batalhão militar no país no último final de semana.

Em nota, o Ministério de Relações Exteriores do país vizinho disse que tomou conhecimento da operação das forças de segurança públicas brasileiras sobre “a captura dos cinco sujeitos desertores do Exército venezuelano”.

Segundo o ministério, os detidos são os responsáveis materiais pelo assalto armado ao batalhão de infantaria de selva 513 Mariano Montilla, ocorrido no dia 22 de dezembro. Nesta ação, foram subtraídos 120 fuzis e 9 lança-foguetes, em uma operação violenta em que morreu o cabo Jean Pierre Caraballo Marcano.

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A chancelaria reconhece e saúda “a oportuna ação das Forças de Segurança do Brasil”, e disse que “jamais daria amparo a assaltos a unidades militares do Brasil.” 

Segundo Caracas, detidos são responsáveis pelo assalto armado ao batalhão de infantaria Mariano Montilla, ocorrido no dia 22 de dezembro; na ação, foram subtraídos 120 fuzis e 9 lança-foguetes

AVN

Chanceler Jorge Arreaza: Venezuela pede que Brasil entregue militares desertores presos em Roraima

“Cabe destacar que a República Bolivariana da Venezuela, em estrito apego ao direito internacional e à boa vizinhança, jamais daria amparo a assaltos a unidades militares do Brasil e atos de desestabilização de suas instituições democráticas com o objetivo de perturbar a tranquilidade pública desse país. Neste sentido, a Venezuela aspira contar com a maior colaboração por parte das autoridades da República Federativa do Brasil, como resultado da cooperação que deve imperar entre os Estados na luta contra o terrorismo e as ameaças à paz social”, diz o texto.

Na sexta, o governo brasileiro havia informado que tinha prendido cinco militares venezuelanos desarmados em uma comunidade indígena em Roraima. Eles foram levados a Boa Vista para esclarecer os motivos de suas presenças no país.

Nesta semana, o presidente Nicolás Maduro havia exortado o Brasil “para que deixasse de apoiar ataques terroristas contra a Venezuela” e exigiu de suas autoridades a reintegração do restante das armas que foram retiradas do batalhão.