O ano de 2022 registrou um recorde no volume de comércio entre a Rússia e a China, segundo informações o Departamento de Comércio Exterior chinês.
Segundo um informe publicado nesta sexta-feira (13/01), o intercâmbio comercial entre as duas potências alcançou um valor total de 190 bilhões de dólares, o que equivale a um aumento de 34,3% em comparação com o ano anterior.
Esse aumento do comércio bilateral reflete os novos acordos que os países assinaram desde o mês de março. Essa aproximação, que já vinha sendo observada em anos anteriores, se fortaleceu após o início da Guerra da Ucrânia.
Em fevereiro de 2022, Moscou iniciou a sua “missão especial” no território ucraniano, com a justificativa de defender as comunidades russófonas presentes nas regiões de Donetsk e Lugansk, no Leste do país vizinho.
Xinhua
Os presidentes da China, Xi Jinping, e da Rússia, Vladimir Putin
Desde então, Estados Unidos e União Europeia, que apoiam a Ucrânia no conflito, impuseram uma grande quantidade de sanções econômicas a Moscou, empurrando o país euroasiático a incrementar suas relações com outros aliados.
O informe chinês foi aprsentado por Lyu Dailiang, porta-voz do Departamento de Comércio Exterior, que detalhou que as exportações de mercadorias chinesas para a Rússia aumentaram por seis meses seguidos, enquanto Moscou quase duplicou as vendas de gás liquefeito e petróleo por via ferroviária à China.
O informe também indica que as exportações chinesas para a Rússia registraram um aumento de 17,5%, enquanto as importações cresceram 48,6%. Já o déficit comercial de Pequim com Moscou atingiu o valor recorde de 38 bilhões de dólares.
Em abril do ano passado, os presidentes Vladimir Putin e Xi Jinping assinaram um acordo que estabelecia como objetivo um intercâmbio comercial anual de 200 bilhões entre os seus países até 2024.