A questão de Taiwan não poderia ficar de fora da reunião bilateral entre os presidentes das duas maiores potências da atualidade. No encontro entre o chinês Xi Jinping e o norte-americano Joe Biden, realizado nesta segunda-feira (14/11), coube ao líder asiático tocar no assunto, através de uma advertência ao seu homólogo, ao afirmar que “aqueles que tentem separar a Taiwan da China estarão agindo contra a soberania da China, e o nosso povo nunca aceitará isso”.
Segundo o presidente chinês, a questão de Taiwan está no centro dos interesses da China, e que, portanto, as relações sino-americanas “não devem cruzar essa primeira linha vermelha”.
“Pequim e Washington devem ter uma visão correta das políticas internas e externas da outra parte e suas intenções estratégicas, e estabelecer um tom de diálogo em vez de confronto”, afirmou o presidente chinês, segundo o site em espanhol da agência russa RT.
A questão de Taiwan se transformou em uma nova controvérsia entre China e Estados Unidos a partir da visita de Nancy Pelosi, presidente da Câmara de Representantes do país norte-americano, em agosto deste ano, iniciativa que foi fortemente criticada pelo governo chinês na ocasião.
Twitter/Joe Biden
Segundo presidente chinês, questão de Taiwan está no centro dos interesses da China
O encontro desta segunda-feira entre Xi e Biden aconteceu em Bali, na Indonésia, e é o aperitivo da cúpula do G20, que acontecerá nesta mesma semana, entre os dias 15 e 16 de novembro, no mesmo local.
Esta deveria ser, também, a última reunião do G20 com a presença do presidente Jair Bolsonaro representando o Brasil, antes de ele deixar o cargo. Porém, o Palácio do Planalto comunicou neste domingo (13/11) que Bolsonaro não viajará à Indonésia, no que será a primeira vez que um presidente brasileiro não comparece ao evento desde a criação do bloco. O representante do Brasil na cúpula será o chanceler Carlos França, que já está na Indonésia.
(*) Com informações de RT en Español