A exposição a uma substância usada para a fabricação de produtos plásticos como o PVC, filmes para a conservação de alimentos ou mesmo alguns tipos de cosméticos pode favorecer o desenvolvimento de câncer de próstata em ratos. Foi o que constatou estudo desenvolvido por um aluno do curso de Ciências Biomédicas do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, Campus de Botucatu.
Durante sua investigação, Peixoto analisou os impactos que a substância DBP descartada no meio ambiente e a susceptibilidade de ratos machos expostos durante o período gestacional desenvolverem doenças prostáticas na idade adulta. O material pode ser encontrado em produtos plásticos de alta maleabilidade, aerossóis, em alguns produtos cosméticos, como esmaltes.
Para isso, um grupo de ratos recebeu doses do DBP antes e após o nascimento, até completarem oito meses de vida. Após esse período, passaram por autópsia para verificar as variações no organismo em comparação com outros grupos do experimento, que não receberam o aditivo.
Os dados iniciais obtidos pelos pesquisadores apontaram que a exposição ao DBP entre o final da gestação e até uma semana após o nascimento (perinatal) pode facilitar a ocorrência de lesões de diversos níveis na próstata de ratos adultos.
“A degradação dos materiais plásticos é uma problemática mundial e sua dispersão no meio ambiente tem sido constante. Através desse panorama, a substância em questão favoreceu alterações nas células da próstata dos animais expostos”, frisou Peixoto. “É importante salientar que esses estudos foram realizados em ratos e que os resultados obtidos não podem, a princípio, serem extrapolados para outras espécies.”
NULL
NULL