O presidente da França, Emmanuel Macron, visitou na manhã desta quinta-feira o hospital Pitié-Salpetrière, em Paris, onde foi registrada a primeira vítima do coronavírus em território francês. Recebido pelos médicos da instituição, o mandatário foi alertado que o surto pode aumentar e que a França pode viver situação parecida como a da Itália.
“Os casos franceses, especialmente o do paciente que faleceu ontem, não têm ligação com a China, o que quer dizer que o vírus já circula entre nós. A França vai ter uma situação como a da Itália”, disse Eric Caumes, chefe do Serviço de Doenças Infecciosas e Tropicais do hospital Pitié-Salpetrière ao presidente, segundo a RFI.
Macron ainda enfrentou críticas dos profissionais de saúde, que reclamaram da falta de recursos e pediram mais verbas aos hospitais públicos.
FORTALEÇA O JORNALISMO INDEPENDENTE: ASSINE OPERA MUNDI
“Nós estamos em nosso limite. Realmente não aguentamos mais. Por favor, presidente, dê meios a seu ministro da Saúde, ao chefe dos hospitais públicos Martin Hirsch, que está hoje aqui atrás de você. Nos dê meios de tratar de nossos pacientes”, disse um dos médicos ao mandatário.
Ao final da visita, Macron afirmou que o país deve enfrentar “a epidemias da melhor forma possível”.
Reprodução
Macron ainda enfrentou críticas dos profissionais de saúde, que reclamaram da falta de recursos e pediram mais verbas aos hospitais públicos
'Um risco muito baixo'
Em coletiva na Casa Branca na noite desta quarta-feira (26/02), presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que o coronavírus impõe “um risco muito baixo” aos cidadãos do país, que está pronto para enfrentar o surto.
Apesar da declaração, o secretário de Saúde dos EUA, Alex Azar, admitiu que o risco pode ser elevado. “O grau de risco tem potencial para mudar rapidamente. E devemos esperar ainda mais casos nos Estados Unidos”, explicou.
Nesta quinta, o país registrou seu primeiro caso de infecção sem a paciente ser exposta a ninguém contaminado e sem viajar para países nos quais o vírus está circulando.
De acordo com comunicado do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, a exposição da mulher ainda “é desconhecida”. O novo caso aumenta o número de coronavírus no país para 60, incluindo os 45 entre os americanos que foram repatriados de Wuhan, na China, e o cruzeiro Diamond Princess, atingido pelo vírus no Japão.
*Com ANSA