A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta segunda-feira (27/01) que o risco global de contaminação pelo coronavírus 2019-nCoV é “alto”, admitindo um erro na avaliação anterior na qual relatou que o risco era “moderado”.
Em seu último relatório, a OMS revelou que sua “avaliação de risco não mudou desde a última atualização [22 de janeiro]: muito alto na China, alto no nível regional e em todo o mundo”. Segundo a porta-voz do órgão das Nações Unidas, Fadela Chaib, nos dias anteriores foi dito “incorretamente” que o risco era “moderado”.
“A situação está mudando constantemente e o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, está na China hoje para verificar o local. Em seu retorno, no meio ou no final desta semana, ele convocará novamente o Comitê para o gerenciamento da emergência, que avaliará se é apropriado declarar ou não o estado de emergência internacional”, explicou à ANSA Ranieri Guerra, vice-diretor geral da OMS.
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Na última quinta-feira (23/01), a OMS chegou a considerar “muito cedo para falar de uma emergência de saúde pública de alcance internacional”. Desde então, o número de mortos pelo vírus na China subiu para 82 e a quantidade de pacientes infectados chegou a 2,7 mil, de acordo com balanço atualizado nesta segunda-feira pela Comissão Nacional de Saúde do país asiático.
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Nesta segunda-feira, n´úmero de mortos subiu para 82 na China
Das 82 mortes registradas, 76 aconteceram na província de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan, e uma foi confirmada em Pequim. Até o momento, o surto já atingiu outros 12 países.
A Comissão Nacional de Saúde da China divulgou nesta segunda que subiu para 82 o número de mortos pelo coronavírus 2019-nCoV no país. Até as 7h (horário de Brasília), já haviam sido confirmados 2.835 casos em solo chinês, sendo 769 apenas no último domingo (26/01). A epidemia começou na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei e que foi isolada pelas autoridades.
O coronavírus já chegou a outros países, como Estados Unidos e França, sempre por meio de pessoas que estiveram na China recentemente.
O governo da Costa do Marfim anunciou nesta segunda que avalia um caso suspeito que, se confirmado, será o primeiro na África. O paciente é um estudante marfinense proveniente de Pequim. Nas Filipinas, uma família brasileira que viajou a Wuhan recentemente está internada com sintomas da doença.
(*) Com Ansa.