A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nesta quinta-feira (23/01) descartar a possibilidade de declarar estado de emergência sanitária global em decorrência do surto de coronavírus, que surgiu na China e já deixou pelo menos 18 mortos, afetando cerca de 630 pessoas no país.
“Não se engane. Esta é uma emergência na China, mas ainda não se tornou uma emergência de saúde global”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante coletiva de imprensa após uma reunião de emergência realizada em Genebra, na Suíça, onde fica a sede da OMS.
A conclusão é que a situação ainda não preenche as exigências necessárias para decretar emergência global, pois ainda não foi identificada a transmissão do vírus entre humanos na China.
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O governo chinês, por sua vez, decidiu isolar mais uma cidade na tentativa de conter o vírus que atinge o país e já deixou centenas infectados. Trata-se de Xianning, na província de Hubei, que tem cerca de 2,5 milhões de habitantes.
Até o momento, contando com Xianning, cinco cidades foram isoladas: Wuhan, Huanggang, Ezhou Chibi e Zhijiang. Somando a população de todos os municípios, já são mais de 20 milhões de pessoas colocadas em quarentena.
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Chinesa em cidade interditada por causa do coronavírus
Além de isolar as cidades, as autoridades do país informaram que estão adotando medidas de desinfecção em aeroportos e estações de trem para conter a doença e evitar que o vírus se espalhe entre humanos.
Além da China, o coronavírus já foi identificado nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Coreia do Sul, Vietnã, Singapura e Arábia Saudita.
A última vez que a OMS decretou estado de emergência global foi em 2019 por causa do surto de Ebola. Antes
disso, em 2016, a epidemia do Zika Vírus levou a decretação, assim como um surto de pólio e outro de Ebola em 2014. Em 2009 a pandemia do vírus H1N1 foi declarada uma emergência global.