Um estudo realizado por um hospital de referência na Itália apontou que o vírus da varíola dos macacos pode permanecer no sêmen humano por quase 20 dias. O patógeno é capaz de se replicar e potencialmente contaminar outras pessoas por meio do esperma na fase aguda da infecção.
Publicado na revista Lancet Infectious Diseases, a pesquisa foi elaborada por pesquisadores do Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é a maior referência no combate a doenças infecciosas na Itália, e se baseia no caso de um paciente de 39 anos.
O homem foi internado no instituto cinco dias após o aparecimento de sintomas típicos da varíola dos macacos: febre e lesões na genitália, no rosto, no tórax, nas pernas, nos braços e nas mãos.
Secretaria Municipal de Saúde de Três Lagoas/Reprodução
Pesquisa foi elaborada no Instituto Lazzaro Spallanzani, hospital de Roma que é referência no combate a doenças infecciosas
A equipe do instituto acompanhou os traços do vírus em diversos fluidos corporais durante 19 dias, descobrindo uma forte persistência do patógeno no sêmen, onde permaneceu até o último dia de análises, ainda que em quantidades mínimas na parte final.
“Em nossa opinião, o caso aqui discutido confirma que a atividade sexual pode ser uma via de transmissão do vírus da varíola dos macacos possível e reconhecida”, diz o estudo.
(*) Com Ansa