No dia 7 de março, a Embaixada dos Estados Unidos na Rússia alertou que poderiam ocorrer ataques terroristas em Moscou, citando concertos e shows, “nas próximas 48 horas”.
O comunicado aconselhou que os cidadãos norte-americanos evitassem grandes aglomerações nos arredores da capital russa, monitorassem a mídia local para atualizações e estivessem atentos ao entorno.
Já no dia 14 de março, o órgão atualizou seu portal e ofereceu opções para que os norte-americanos situados na Rússia deixassem o país, ao afirmar que “a situação nas fronteiras russas está sempre mudando”.
Poucos dias depois, nesta sexta-feira (22/03), um ataque a tiros no Crocus City Hall, uma casa de shows próximo da capital russa de Moscou, deixou pelo menos 40 mortos e centenas de feridos, de acordo com as informações da imprensa local que ainda tenta apurar as motivações do caso.
No momento, cerca de 100 vítimas estão presas no prédio em incêndio e seguem em curso as explosões ao redor da estrutura.
Apesar do alerta norte-americano, o coordenador de comunicações estratégicas do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, afirmou que os Estados Unidos não possuíam nenhum conhecimento prévio de que um atentado ao Crocus City Hall aconteceria.
O ataque
Segundo a Sputnik Brasil, ao menos três pessoas com roupas camufladas abriram fogo no local e depois lançaram uma granada, que iniciou um incêndio. “As pessoas no corredor deitaram-se no chão para escapar do tiroteio, ficaram ali por 15 a 20 minutos, depois disso começaram a rastejar para fora. Muitos conseguiram sair”, disse o correspondente da agência.
Ainda segundo a Sputnik Brasil, uma segunda explosão foi ouvida no teatro por volta das 21:30 (15:30 horário de Brasília).
Autoridades de saúde da região de Moscou informaram que 50 equipes de ambulâncias foram enviadas ao Crocus City Hall para fornecer tratamento aos feridos.
O local fica em Krasnogorsk, noroeste da capital russa. E, de acordo com administração da cidade, foi criada uma força-tarefa de emergência e que as “informações sobre as vítimas estão sendo esclarecidas”.
(*) Com Sputnik Brasil