As explosões na área portuária de Beirute deixaram “mais de 100 mortos e 4 mil feridos”, informou a Cruz Vermelha do Líbano em um comunicado oficial na madrugada desta quarta-feira (05/08).
“As nossas equipes continuam empenhadas na operação de busca e salvamento nas zonas próximas”, diz ainda a nota sem precisar a quantidade de desaparecidos. No entanto, a mídia do país cita que são ao menos 100 pessoas que não entraram em contato com os familiares e amigos desde o incidente ocorrido nesta terça-feira (04/08).
Os hospitais da capital, que estavam lotados por conta dos pacientes que contraíram o novo coronavírus, estão além do limite da capacidade, com relatos de inúmeros feridos sendo atendidos nas áreas externas dos centros hospitalares.
Além das perdas humanas, o governador de Beirute, Marwan Abboud, informou que mais de 300 mil pessoas ficaram desabrigadas após as explosões por conta de danos que tornaram suas residências inabitáveis em cerca de metade da capital libanesa.
Ajuda da UE e visita de Macron
Ainda nesta quarta, a União Europeia informou que o governo do Líbano fez um pedido formal de ajuda por conta das explosões, e que o bloco está enviando “urgentemente” equipes e equipamentos para o local.
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União Europeia anunciou que está enviando "urgentemente" equipes e equipamentos ao Líbano
“A UE ativou o mecanismo de defesa civil na sequência do pedido das autoridades libanesas, e coordenará o envio urgente de 100 bombeiros altamente qualificados, com veículos, cães e equipamentos especializados na busca e salvamento em áreas urbanas. Trabalharemos com as autoridades libanesas para salvar vidas”, informou o comissário europeu para Gestão de Crises, Janez Lenarcic.
Segundo o representante, “Países Baixos, Grécia e República Tcheca já confirmaram sua participação, e França, Polônia e Alemanha já ofereceram assistência”.
O presidente da França, Emmanuel Macron, anunciou que fará uma viagem para Beirute já nesta quinta-feira (06/08) para se reunir com políticos locais e debater a gestão da crise.
*Com ANSA