A Justiça francesa condenou nesta terça-feira (13/12), após três meses de processo, os oito réus do atentado cometido em 2016, em Nice, no sudeste da França, a penas que variam entre dois e 18 anos de prisão.
Os cinco magistrados do tribunal de Paris consideraram os oito acusados culpados por sua proximidade com o autor do ataque, Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, ou por tráfico de armas. Antes de ser abatido pela polícia, ele matou 86 pessoas.
Mohamed Ghraieb e Chokri Chafroud foram condenados a 18 anos de prisão por “associação terrorista” e Ramzi Arefa, a 12.
Sete homens e uma mulher respondiam pelo ataque, em 14 de julho de 2016. Os outros cinco acusados, quatro deles de nacionalidade albanesa, foram condenados por tráfico de armas, ou associação criminosa com penas de entre dois e oito anos de prisão.
O veredito foi recebido com aplausos das partes civis presentes no tribunal de Paris.
Wikicommons
Veredito foi recebido com aplausos das partes civis presentes no tribunal de Paris
Prisão perpétua
Em 14 de julho de 2016, um caminhão dirigido por Lahouaiej-Bouhlel, um tunisiano de 31 anos, atropelou uma multidão que assistia a uma queima de fogos em Nice, por ocasião do feriado nacional francês. Mais de 450 pessoas ficaram feridas.
O Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do ataque, que faz parte de uma série de atentados na Europa na última década, quando uma coalizão internacional combatia o grupo no Iraque e na Síria.
Em novembro de 2015, 130 pessoas morreram em uma sequência de ataques em Paris e em Saint-Denis, subúrbio norte da capital francesa.
A Justiça impôs prisão perpétua a Salah Abdeslam, o único membro ainda vivo dessas células terroristas.