A ameaça de uma epidemia de coronavírus nos Estados Unidos fez com que norte-americanos deixassem de consumir a cerveja Corona Extra.
Segundo pesquisa publicada na última quarta-feira (26/02) pelo grupo britânico YouGov, a intenção de consumidores norte-americanos de comprar a cerveja caiu ao nível mais baixo em dois anos.
Isso porque a população tem associado o nome do vírus surgido na China em dezembro de 2019 ao nome da bebida alcoólica criada no México em 1925.
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Ainda de acordo com a pesquisa, diversos dados apontam para um aumento de buscas na internet pelas palavras “Corona beer virus” (corona cerveja vírus, em português) e “beer coronavirus” (cerveja coronavírus, em português).
O nome dado ao coronavírus vem da palavra latina para coroa, por conta da aparência do organismo microscópico. Já o da cerveja, fabricada nos EUA pela empresa Constellation Brands, é ligado à coroa do Sol.
Outra pesquisa feita pela 5W Public Relations apontou que 38% dos norte-americanos não comprariam a cerveja Corona “de maneira nenhuma” por conta do surto de coronavírus.
A pesquisa também indicou que 14% dos entrevistados não pediriam a cerveja Corona em público, em um bar ou uma festa.
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Norte-americanos têm associado o nome do vírus surgido na China em dezembro de 2019 ao nome da bebida alcoólica criada no México em 1925
Propaganda criticada
Além de sofrer impacto negativo na marca, a fabricante da cerveja Corona Extra nos EUA recebeu diversas críticas nas redes sociais após divulgar uma propaganda de um novo produto.
Febre entre os adultos mais jovens, o hard Seltzer, mistura de água com gás, sabor de frutas e álcool ganhou uma versão com a marca Corona. No Twitter da cervejaria, a propaganda do produto dizia que eles estaria “desembarcando em breve”.
Internautas norte-americanos, associando uma vez mais a cerveja ao coronavírus, chamaram a publicidade de “ruim”, de “mau gosto” e sugeriram que a marca “ficasse em silêncio por algumas semanas”.