O número de mortos pela passagem do ciclone Idai no sudeste do continente africano chegou a 783, informaram as autoridades locais nesta terça-feira (26/03).
De acordo com dados divulgados pelos governos dos países atingidos, Moçambique já contabiliza 468 vítimas, Zimbábue tem 259, e Malaui registra 56 mortos.
O ministro da Terra, Ambiente e Desenvolvimento Rural de Moçambique, Celso Correia , acrescentou que 531 mil pessoas foram afetadas pelo ciclone que atingiu o país no fim de semana passado.
Os centros de acolhimento de Moçambique atendem, no momento, mais de 100 mil pessoas. Dessas, mais de 6,5 mil requerem atendimento especial, como idosos e grávidas.
O ministro lembrou que a água empoçada com a inundação também tem disseminado doenças. “É importante termos consciência de que vamos ter cólera, malária, já temos elefantíase, e vai haver diarreias. O trabalho está sendo feito para mitigar [os surtos]”, disse em coletiva de imprensa.
A cidade mais atingida, Beira, na costa de Moçambique, possui campos de desabrigados superlotados e enfrenta problemas de comunicação.
“A cada dia descobrimos que a destruição deixada pelo ciclone Idai é pior do que imaginávamos”, disse o chefe da delegação da Cruz Vermelha no município, Hicham Mandoudi.
Segundo a Cruz Vermelha, uma série de medidas foram tomadas para impedir os surtos no país, inclusive a instalação de dois hospitais de campo de emergência que podem fornecer serviços médicos, cirurgias de emergência, bem como internação e atendimento ambulatorial para pelo menos 30 mil pessoas.
Cuba
A vice-chanceler de Cuba, Anayansi Rodríguez Camejo, anunciou nesta segunda-feira (25/03) que o país enviará apoio médico, equipamentos e profissionais, a Moçambique, após o país africano ter sido atingido pelo ciclone.
O envio cubano irá se juntar aos 372 colaboradores que já estão no país auxiliando as vítimas do desastre, e dando suporte necessário.
*Com ANSA e Agência Brasil
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De acordo com dados divulgados pelos governos dos países atingidos, Moçambique já contabiliza 468 vítimas