A coordenadora Humanitária das Nações Unidas para Moçambique, Myrta Kaulard, apresentou nesta quinta-feira (12/09) um Plano de Resposta Humanitária para o país atingido pelo ciclone Idai e anunciou que serão necessários mais 300 milhões de dólares para apoiar todos os afetados pelo fenômeno que ocorreu em março.
As necessidades agravadas por secas e inundações consecutivas podem prejudicar a colheita de março de 2020. Cerca de 2 milhões de pessoas podem enfrentar graves níveis de insegurança alimentar. A representante da ONU ainda enfatizou que mulheres e crianças, especialmente as que vivem nos locais de reassentamento, precisam percorrer longas distâncias para buscar água, recolher madeira para cozinha e procurar serviços de saúde.
O Idai foi ciclone mais forte ocorrido no oeste da África em 20 anos e também do ciclone Kenneth que passou pelo país seis semanas depois. Nas áreas afetadas pelos ciclones Idai e Kenneth, mais de 80% da população é dependente da agricultura como fonte primária de renda.
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Especialista das Nações Unidas ainda afirmou que também são necessários reparos urgentes em casas e escolas
Kaulard destacou que apesar de progressos notáveis na resposta aos ciclones, ainda existem áreas em que o acesso a água potável e assistência médica continua sendo um desafio. A especialista ainda afirmou que também são necessários reparos urgentes em casas e escolas.
O Plano de Resposta Humanitária para Moçambique abrange o período até maio de 2020. Moçambique foi assolado pelo ciclone Idai que matou mais de 600 pessoas, provocou mais de 1.641 feridos e causou danos de cerca de US$ 773 milhões.
*Com ONU News