A passagem do ciclone Kenneth pelo norte de Moçambique na semana passada, o mais forte que já atingiu o país, deixou até o momento 38 mortos, informaram nesta segunda-feira (29/04) as autoridades moçambicanas.
As novas vítimas foram registradas no distrito de Macomia, por onde Kenneth entrou no país na última quinta-feira (25/04). A chegada deste fenômeno provocou o deslocamento de centenas de milhares de pessoas.
Ainda há 168 mil pessoas em risco humanitário na província de Cabo Delgado por consequência das inundações, disseram as autoridades.
Os dados do Instituto Nacional de Meteorologia de Moçambique divulgados hoje indicam que mais de 36 mil casas foram danificadas, assim como 193 salas de aula, 14 centros de saúde e 31 mil hectares de cultivos.
Em Pemba, que até ontem era uma das cidades menos afetadas, nas últimas 24 horas caíram fortes chuvas e a previsão é que o mau tempo continue.
A magnitude do desastre ainda é desconhecida e as chuvas estão dificultando os trabalhos de resgate e assistência, apesar de o governo ter conseguido evacuar 30 mil pessoas dias antes da catástrofe.
Kenneth, um ciclone de categoria 4 (na escala de intensidade de Saffir-Simpson, que vai até 5) que tocou terra em Moçambique na tarde da última quinta, é o mais forte que já atingiu o país.
Este também foi o segundo fenômeno meteorológico de tal magnitude em Moçambique em menos de dois meses, depois da passagem em março do ciclone Idai, que deixou mais de 600 mortos no país.
Agência Efe
Ciclone de categoria 4 que tocou terra em Moçambique na tarde da última quinta, é o mais forte que já atingiu o país