Chegou a vez de Carlos Marighella no baralho Super-Revolucionários. Esta é a terceira carta que Opera Mundi e Nocaute publicam do projeto, depois de Karl Marx e Rosa Luxemburgo.
Numa análise séria, mas sem perder o humor jamais, vamos atribuir “notas” à atuação desses grandes nomes da contestação e da construção de um mundo melhor.
A ideia é, depois de alcançarmos um número suficiente de cartas, montar um jogo inspirado no conhecido Super Trunfo, e publicar um livro com as cartas e as informações sobre esses super-revolucionários.
As notas são provisórias e estão sujeitas a modificação.
REBELDIA: 10
Nascido em 1911, preso em 1932 por escrever um poema crítico a um poderoso político baiano e tendo ingressado no PCB em 1934, às vésperas do levante da Aliança Nacional Libertadora, Marighella participou diretamente da luta contra a ditadura de Getúlio Vargas, foi deputado federal eleito em 1946 e, na ditadura de 1964, comandou a ALN (Ação Libertadora Nacional).
DISCIPLINA: 7
Marighella manteve-se fiel ao PCB até a decisão de optar pela luta armada, adotando a luta armada. Foi morto numa emboscada em 1969.
TEORIA: 7
A grande contribuição teórica de Marighella foi o livro Manual do Guerrilheiro Urbano, que circulou pelo mundo. A luta armada proposta pela ALN no Brasil, com ações na cidade e no campo, no entanto, não se provou eficaz no sentido de derrubar a ditadura. A organização horizontal e livre da ALN inspira diversos movimentos de esquerda hoje.
POLÍTICA: 7
Marighella foi eleito deputado e era um dos dirigentes do PCB. Além de liderar milhares de militantes na ALN, conseguiu se reaproximar de ex-colegas de partido expulsos, acusados de “trotskismo”, em especial os do grupo liderado por Hermínio Sacchetta.
COMBATIVIDADE: 10
Marighella se tornou um exemplo de combatividade em diversas frentes, legais ou duramente reprimidas.
INFLUÊNCIA: 8
Marighella é, ao mesmo tempo, um mártir da luta por um mundo mais justo e uma referência para a esquerda. É também uma das principais lideranças negras da história política brasileira.
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Fernando Carvall
Mártir da luta por um mundo mais justo, Marighella é uma referência para a esquerda mundial e uma das principais lideranças revolucionárias