O presidente da Fundação Perseu Abramo e diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, foi o convidado do fundador de Opera Mundi, Breno Altman, no 20 MINUTOS desta sexta-feira (07/04).
Okamotto destacou quais as tarefas da fundação dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), dizendo que, no começo da organização, ela se dedicava à publicação de livros “que tinham grande importância aos militantes”. Atualmente, segundo ele, a Perseu Abramo auxiliou na constituição do programa de governo de Luiz Inácio Lula da Silva.
“A Fundação desempenha ao longo da conjuntura alguns papéis diferentes. Agora, defendemos dedicar com mais força a ajudar a Secretaria Nacional de Formação do partido no desenvolvimento de produtos e metodologias para fazer a formação dos quadros de base”, disse.
Veja entrevista na íntegra:
Para o presidente da Fundação Perseu Abramo, ainda hoje falta um “esquema” de formação dentro do partido, isso porque, segundo ele, há uma diversidade de tendências internas no PT.
O problema, para Okamotto, é como realizar uma formação política que não “entre em choque e disputa com as visões ideológicas com os nossos grupos que militam” dentro da legenda.
“Nesse momento, na minha visão, é fazer uma formação mais instrumental […] Baseada na política que o partido tem, nós queremos motivar e conscientizar de que as pessoas que têm tarefas no partido precisam se preparar para serem exitosos na tarefa que se propôs”, afirmou Okamotto, que apontou ser uma vontade da organização criar uma “cultura de formação permanente” no PT.
Questionado por Altman se o partido ainda forma seus militantes como no passado, com uma perspectiva socialista, ainda que bebendo de diversas fontes teóricas, Okamotto declarou que o partido, como organização, não. Mas destacou que há correntes internas da legenda que formam ainda nessa perspectiva, e que a vontade da fundação é criar um “sistema que alcance esse cenário”.