Vai começar a Copa do Mundo Feminina, e por isso o programa 20 MINUTOS recebeu nesta quarta-feira (19/07) a jornalista Milly Lacombe para comentar o grande evento.
Para Lacombe, a edição desse ano pode ser a mais acompanhada e mais “esperada”, ainda mais se a seleção brasileira conseguir chegar na final.
Assim como na Copa do Mundo Masculina, o governo brasileiro decretou ponto facultativo para que a população consiga assistir aos jogos. Lacombe disse que a medida foi acertada, pois isso auxilia a construir uma identidade com o futebol feminino.
“Creio que foi uma iniciativa da ministra Ana Moser e que o presidente Lula embarcou na dela. É muito importante isso por que a gente não nasceu amando o futebol masculino, alguém explicou o jogo para a gente. É uma construção. O futebol feminino nunca teve essa chance, pelo contrário, ele ficou proibido por 40 anos. Quando ele ficou legal, nunca ficou legítimo. Futebol feminino é resistência, tudo que foi conquistado foi uma luta”, disse.
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Milly Lacombe considera o Brasil um dos favoritos para a Copa do Mundo de Futebol Feminino
A jornalista recordou que, atualmente, é obrigatório que todo clube brasileiro da primeira divisão tenha time feminino, que a expectativa é que isso ocorra em todas as agremiações até a quarta divisão tenha elenco feminino em 2028.
Uma coisa que ela afirmou não fazer coerência é comparar elencos masculino com feminino: “não é justo fazer essa comparação, pois o futebol existe há 120 anos”. Segundo Lacombe, se for necessário fazer análises entre os dois, que faça de 1930, quando o futebol foi inventado.
No que tange às seleções favoritas dessa Copa, Lacombe disse que Inglaterra e Alemanha podem se destacar, assim como a Austrália e o Brasil, “que tecnicamente a gente é muito bom mesmo”.
“Aponto também a seleção dos Estados Unidos, que é centro de desenvolvimento. E foram eles que mais levaram a sério o futebol feminino quando ninguém levava. Regularam, fizeram torneios e deram credibilidade. Lá não fizeram ser um esporte de homem”, afirmou.