O deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro Lindbergh Farias falou sobre o arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula no programa 20 Minutos desta terça-feira (23/05).
Segundo o deputado, a agenda mais importante governo Lula é o crescimento econômico e a geração de empregos, mas a realidade econômica no Brasil é de desaceleração, que acontece desde o ano passado. Farias associa isso ao que chama de “sabotagem” vinda do Banco Central em relação ao governo de Lula. Assim, o deputado afirma “temer que essa armadilha amarre o governo na questão fiscal”.
Para ele, Lula precisa governar gerando emprego, distribuição de renda, e de olho na popularidade. “Não estamos vivendo em estabilidade democrática como nos primeiros governos. Sabemos do grau de divisão da sociedade e da força da extrema direita. Lula precisa sempre ter uma boa aprovação popular”, declara.
Questionado pelo jornalista Breno Altman sobre a manutenção do salário mínimo e Bolsa Família no texto do arcabouço fiscal após as mudanças do relator Cláudio Cajado, o deputado afirma que por “pressão e alerta ao presidente Lula” o aumento do salário mínimo pôde ser mantido.
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Deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores (PT) do Rio de Janeiro Lindbergh Farias foi convidado no 20 MINUTOS desta terça
“As despesas obrigatórias não podem crescer acima da inflação, então isso mataria a política de Lula no aumento do salário mínimo. Então isso está fora, mas já o Bolsa Família, na hipótese de descumprimento da meta de resultado primária, só pode subir até a inflação, caso suba mais, teremos um limitador”, afirma.
Farias também afirma que os deputados petistas contrários ao projeto fiscal do governo não poderão apresentar destaques devido à decisão do líder do PT na Câmara, Zeca Dirceu. O deputado considera a decisão “um equívoco” por impedir que temas como congelamento de salários de servidores públicos sejam revistos.