A ministra do Esporte do Brasil, Ana Moser, foi a convidada de Breno Altman para o programa 20 MINUTOS desta quarta-feira (19/04).
Moser defendeu a camisa brasileira nas quadras de vôlei, participando de três jogos olímpicos (1192, 1996 e 1998). Foi ponteira da geração que conquistou a primeira medalha feminina para o país nessa modalidade, em 1996, quando a equipe obteve o terceiro lugar nas Olimpíadas de Atlanta, nos Estados Unidos.
Ao deixar as quadras, Ana fundou em 2001 o Instituto Esporte & Educação, uma organização que se dedica a incentivar a prática de desportos em uma perspectiva cidadã nas periferias. Além disso, foi vice-presidente da Comissão Nacional de Atletas (CNA) e integrante do Conselho Nacional do Esporte (CNE).
Por sua história nas quadras e fora delas, foi convidada pelo presidente Lula a chefiar o Ministério dos Esportes, recriado no terceiro governo Lula após ter sido incorporado ao Ministério da Cidadania durante o governo de Jair Bolsonaro.
Segundo a ministra, o papel do Ministério dos Esportes é “ampliar a prática pela população, desde crianças e jovens em sua jornada escolar e de formação na comunidade, mas também para jovens, adultos e pessoas idosas, para que tenham acesso ao esporte como lazer, integração, saúde e ocupação dos espaços públicos”. Além disso, Moser aponta que a pasta também é encarregada de organizar competições, formais ou amadoras, tanto voltadas à convivência em comunidade, quanto para campeonatos de alto rendimento.
Twitter/Ana Moser
Ministra do Esporte do Brasil, Ana Moser, é convidada de Breno Altman no 20 MINUTOS desta quarta-feira (19/04)
Questionada por Altman sobre os desafios em representar a pasta, Moser declarou: “Remontar o Ministério já foi um grande desafio. Remontar a estrutura, reconstituir a equipe e estabelecer uma visão geral das diversas dimensões do esporte para essa equipe, entendendo que o esporte é um direito de todo cidadão foi um grande desafio”.
Sendo a primeira mulher a chefiar a pasta dos esportes no Brasil, Moser afirma que a administração do governo Lula, “tem se colocado em uma posição de avanço”. “O esporte tem essa interação transversal com diversas questões presentes no dia a dia das pessoas. Por ser mulher e ter uma visão social, portas foram abertas. De forma geral, os ambientes de poder são muito masculinos, mas estamos em um processo de união e reconstrução, conquistando coisas com certa velocidade. É importante que a sociedade seja refletida no poder”, afirma Moser.
Por fim, comentando sobre experiências internacionais que podem servir de referências para políticas de democratização e massificação do esporte no Brasil, a ministra de Lula aponta para dois exemplos: Inglaterra e Austrália.
“Depois das Olimpíadas de Sidney, na Austrália, em 2000, se desencadeou um processo de apoio e desenvolvimento a esportes de base para a qualificação de clubes comunitários, permitindo que eles se conectarem ao sistema e isso foi uma porta de entrada. Já a Inglaterra, desde antes da Olimpíada de Londres, tem um legado de massificação dos esportes junto aos jovens a partir do estabelecimento de redes em escolas especialistas. Por isso diversos campeões de modalidades não vêm mais apenas dos grandes centros ingleses”, completa.