No programa 20 MINUTOS desta segunda-feira (06/03), o fundador de Opera Mundi, Breno Altman, conversou com a jornalista e escritora Amelinha Teles, que comenta sobre o feminismo do Brasil.
Introduzindo a conversa sobre a luta feminista na semana do 8 de março, Maria Amélia de Almeida Teles, mais conhecida como Amelinha explicou o que é o feminismo e suas correntes principais, especialmente seu desenvolvimento na luta das mulheres brasileiras.
“O feminismo nasce no mundo ocidental do século XVIII pro XIX como uma corrente de pensamento a partir de experiências de mulheres revolucionárias, que lutavam por justiça social e que nesse movimento perceberam que também estavam discriminadas, marginalizadas, oprimidas e mais exploradas por serem mulheres”, afirmou a também ativista.
Questionada por Altman sobre a origem do feminismo no Brasil, Teles afirma que Nísia Floresta, nascida em 1809 no Rio Grande do Norte, é uma das maiores referências do início do movimento no país. Para a entrevistada, Floresta foi uma “mulher revolucionária, que rompeu com os padrões de família, casamento e fez iniciativas feministas sem duvida nenhuma”.
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Jornalista e escritora Amelinha Teles é convidada de Breno Altman no 20 MINUTOS desta segunda-feira (06/03)
Porém, afirma que a academia tem encontrado registros de mulheres feministas antes de Nísia Floresta, atuando entre os quilombolas e indígenas. “Em 1561, Madalena Caramuru escreveu uma carta que chegou até a corte portuguesa, reclamando dos maus tratos das crianças escravizadas e reivindicando o direito das mulheres aprenderem a ler e escrever”, completou.
Falando sobre os “diversos feminismos”, Teles afirma que essa diversidade existe porque são “muitas experiências, levando em conta a desigualdade de classe, racial, social e regional. O nossos feminismo nasce na nossa pele, dor e intimidade. Ele se desenvolve de acordo com o meio que a mulher vive”, declarou.