Sábado, 5 de julho de 2025
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No programa 20 MINUTOS desta sexta-feira (14/07), Opera Mundi recebeu Pedro Paulo Rezende, jornalista especializado em relações internacionais, para fazer um balanço da guerra na Ucrânia 500 dias após o início do conflito, completados nesta semana.  

O também editor do site Arsenal, começou a entrevista falando sobre a situação atual do conflito entre Kiev e Moscou, iniciado em 24 de fevereiro de 2022: “A linha ucraniana ataca com inferioridade de meios e de pessoas uma defesa que foi estruturada em três linhas profundas bem preparadas e com um alto poder de fogo. A situação real é extremamente trágica p´ara os ucranianos, que desperdiçam muito material e muita gente para conseguir poucos ganhos”. 

Rezende comenta que a perspectiva de que faltarão homens ucranianos para o combate, suposição mencionada muitas vezes em estudos sobre o conflito, é real. 

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“Os ucranianos fazem alistamento à força exatamente para tentar suprir a linha de frente de material humano. Agora, boa parte dessas pessoas não tem treinamento, nem motivação. Assim é uma coisa extremamente complicada e o Ocidente continua com a disposição de lutar até o último ucraniano. É profundamente trágico, uma geração da Ucrânia vai ser perdida”, alerta o especialista.

Jornalista especializado em relações internacionais faz balanço do conflito entre Kiev e Moscou; veja vídeo na íntegra

Re´produção

Pedro Paulo Rezende, jornalista especializado em relações internacionais, foi o convidado no 20 MINUTOS desta sexta-feira (14/07)

Levando em consideração o alto numero de perdas humanas e a falta de avanços ucranianos no conflito, Rezende afirma que a única lógica que leva o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, a se manter em uma posição irredutível com relação a abertura de negociações de paz é “satisfazer o Ocidente”.

“Essa satisfação do Ocidente vai custar muito caro para a Ucrânia. Não vejo nenhuma possibilidade de Kiev vencer, principalmente na situação atual em que a Rússia criou um dispositivo defensivo extremamente forte. As forças ucranianas são inferiores em numero e usam material recondicionado. Hoje em dia têm menos armas do que no início da guerra, contra um inimigo bem posicionado, motivado, e melhor equipado”, avalia o entrevistado.