O ex-deputado federal José Genoino foi o convidado desta segunda-feira (30/01) do programa 20 MINUTOS com Breno Altman.
Ao jornalista, o também ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores analisou a situação entre o governo de Luiz Inácio Lula da Silva e os militares após os atos golpistas que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro.
Para ele, a intentona que invadiu as sedes dos Três Poderes na capital brasileira “explicitou o nível de radicalização, conservadorismo e de autoritarismo que foi alimentado nas Forças Armadas enquanto instituição”.
Veja entrevista na íntegra:
No entanto, a exoneração do general Júlio César de Arruda do cargo de comandante do Exército não representa uma nova política militar de Lula para o ex-parlamentar. Genoino defende que, na verdade, isso é foi uma “sinalização da soberania do poder civil sobre o aparelho militar”.
“Lula sinalizou isso e tem que concretizar. Pois se não concretizar em relação ao julgamento dos militares que participaram da intentona, se não desmilitarizar a inteligência, se não apresentar um debate sobre a tutela militar e se não alterarmos o padrão de doutrina, do monopólio do patriotismo e do Estado, nós teremos um alívio da situação e não enfrentaremos de maneira concreta”, afirmou Genoino.
“Esse processo não vem por acaso. O bolsonarismo e essas características fascistas radicalizaram todos os aspectos das estruturas do Estado. Essa política da destruição, reestruturação capitalista e a crise do neoliberalismo afetou de maneira profunda o papel das Forças Armadas”, disse.
Alex Silva/PT/Divulgação