No programa 20 MINUTOS desta quarta-feira (15/03), o ativista João Paulo Rodrigues, integrante da direção nacional do Movimento de Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) conversou com o diretor de redação de Opera Mundi, Haroldo Ceravolo Sereza, sobre a Jornada Nacional Contra a Elevada Taxa de Juros, convocada pela Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo para o dia 20 de março.
Segundo Rodrigues, os atos do dia 20 têm três objetivos principais. “O primeiro é reivindicar que o Lula possa aumentar o salário mínimo das famílias, o segundo é a luta difícil mas necessária contra o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] e a sua política de juros, e o terceiro é que vamos defender a condenação dos bolsonaristas que participaram dos atos golpistas do dia 8 de janeiro”.
“Queremos ocupar ruas, redes e roças em todo o Brasil no dia 20 [de março] para que o programa que foi eleito nas urnas em 2022 seja colocado em prática. Imagine você que o governo faça todo o esforço econômico para gerar emprego e renda, enquanto o Banco Central obriga o Estado brasileiro a pagar fortunas aos grandes bancos”, salientou o diretor do MST.
O ativista fez questão de enfatizar que os atos da próxima semana não buscam atacar o governo, mas sim “pressionar a favor de pautas que o próprio governo têm defendido, e que o próprio presidente Lula tem defendido, como a redução dos juros, porque é impossível solucionar os problemas das famílias brasileiras com um juros tão alto”.
Twitter / MST
João Paulo Rodrigues afirma que jornada de 20 de março tem como objetivo defender a agenda econômica eleita em 2022
Rodrigues também lembrou que a jornada de 20 de março consistirá em atos organizados em diversas cidades, especialmente em frente aos edifícios sede do Banco Central em diferentes capitais brasileiras.
“O principal é realizar um conjunto de ações em locais simbólicos, que possam chamar a atenção do Congresso Nacional, dos grandes investidores e do movimento popular brasileiro para o fato de que não tem como o Brasil crescer sem ter uma política mínima que garanta melhores condições de vida para os trabalhadores”, comentou.
Além disso, ele lembrou de pelo menos cinco pontos que ele considera que foram grandes acertos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva até agora: a equipe ministerial [“não trouxe dirigentes sociais, mas sim figuras comprometidas com o nosso campo”], a aprovação da PEC da transição [“mudou o teto e permitiu um maior gasto social”], as iniciativas de ajuda emergencial [“em especial no caso dos Yanomamis, foi essencial aquela simbologia, de ver o Lula atuando para salvar todo um povo”], a rápida resposta aos atos golpistas do dia 8 de janeiro [“sem fazer nenhum vacilo, e reunindo apoio do Congresso e do Supremo Tribunal Federal”] e a mudança na política internacional [“tanto a sinalização de apoio aos países da América Latina como a agenda buscando visitar diversos países, fortalecer o G20 e os BRICS, entre outros pontos”].