O programa 20 MINUTOS desta quinta-feira (09/03) recebeu a atriz e cineasta Ana Petta, co-diretora [junto com sua irmã, Helena Petta] do documentário “Quando Falta o Ar”, que estreia nesta mesma quinta em salas de cinema de todo o Brasil.
Na entrevista com o jornalista Breno Altman, a atriz e cineasta formada em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP) começou falando sobre o novo filme, que mostra a luta de mulheres profissionais de saúde que estiveram na linha de frente do combate à pandemia de covid-19, e aproveita para evidenciar a importância do Sistema Único de Saúde (SUS) para esses casos.
A artista conta que “minha irmã [Helena Petta] é médica infectologista, e no começo da pandemia ela não estava na linha de frente [do combate à covid] porque acabava de ter uma filha pequena, mas ela queria fazer alguma coisa, então começou a conversar com seus colegas, especialmente mulheres, que são a maioria dos profissionais do SUS”.

“Ela viu como as pessoas faziam esse trabalho apesar de ter um governo negando a gravidade da pandemia, além das questões pessoais, muita gente trabalhando afastada dos filhos por longos períodos, e quando conversamos sobre isso concordamos que era um material muito rico e então decidimos que era preciso filmar essas mulheres e registrar o que está acontecendo agora”, acrescenta Ana.
TV Vermelho
“Quando Falta o Ar”, documentário dirigido por Ana e Helena Petta, estreia nesta quinta-feira (09/03) em salas de cinema de todo o Brasil.
A diretora também se referiu a algumas críticas que acusam o documentário de “romantizar o SUS”. Ana afirma que “a gente tem um posicionamento, tanto que terminamos o filme dizendo que ele é uma homenagem às profissionais do SUS, mas em todo o filme você vê a precariedade, vê que as pessoas estão trabalhando em condições muito difíceis”.
Sobre a dificuldade em fazer com que “Quando Falta o Ar” chegue às telas do cinema, Ana comentou que “é muito difícil colocar em cartaz um filme brasileiro, ainda mais difícil quando é um documentário, ainda mais quando são diretoras mulheres, é muito difícil, mas nós contamos com uma parceria incrível do Adhemar Oliveira, que é um guerreiro dos cinemas de rua, e ele é maravilhoso, pegou o filme na mão e começou a abrir espaços, programando em muitos lugares”.
Ana também confessou que está otimista com as perspectivas para o cinema brasileiro neste terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Vivemos um período muito duro recentemente, mas agora, com a volta dos editais, do fundo setorial e outras políticas, acho que teremos um renascimento do cinema nacional, porque todas as vezes que houve oportunidades e políticas públicas adequadas as boas produções acontecem”, frisou a atriz.
Veja também o trailer do documentário “Quando Falta o Ar”:
