O programa 20 MINUTOS desta segunda-feira (21/08) recebeu a presidente do Instituto Questão de Ciência, professora-pesquisadora da Universidade de Columbia (EUA)e microbiologista por formação, com doutorado em genética bacteriana pela Universidade de São Paulo, Natalia Pasternak.
Nas últimas semanas, ressurgiu uma antiga polêmica, sobre o que é ou deixa de ser ciência. A discussão foi provocada pelo lançamento do livro Que bobagem! – pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério de Natalia Pasternak e Carlos Orsi, pela editora Contexto.
Os autores listaram doze temas, dos mais variados, para excluí-los do que seria o conhecimento científico. Entre esses temas, estão itens tidos por muitos como crendices populares, como a astrologia e as curas energéticas, mas também áreas de estudo amplamente acolhidas, como a psicanálise e a acupuntura.
Questionada por Altman sobre o que é ciência, Pasternak fala sobre uma definição prática utilizada, e não filosófica, em sua obra “que separar o que é ciência e o que é pseudociência”.
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Presidente do Instituto Questão de Ciência Natália Pasternak foi a convidada do 20 MINUTOS desta segunda-feira (21/08)
“Existem várias práticas, doutrinas, e teorias que se fingem de ciência, mas não são. E por fingir-se de ciência, tentam usar a linguagem científica para explicar alguma coisa sobre como o mundo funciona. Querem a grife da ciência, mas não querem passar pelo crivo do método científico ou pelo rigor metodológico”, declara.
Nesta linha, Pasternak afirma que apesar das críticas ao livro relacionadas ao resgate do método positivista de Auguste Comte, a obra Que bobagem não menciona o positivismo ou o filósofo responsável por ela.
“Não falamos em nenhum momento no livro ou em nosso trabalho em proibir coisa nenhuma, nem psicanálise, nem homeopatia, acupuntura, ou medicina tradicional chinesa. Nosso trabalho como comunicadores de ciência é fazer a informação correta circular. As pessoas podem tomar a decisão que desejarem sobre seus tratamentos”, declarou a professora.