O programa 20 MINUTOS ANÁLISE desta terça-feira (05/09) com o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, foi sobre a política do governo Lula para as Forças Armadas do Brasil.
O jornalista inaugurou o programa relembrando que desde o início do terceiro governo do presidente Lula, com a nomeação de José Múcio Monteiro para chefiar o Ministério da Defesa, “ficou claro que estaria fora da agenda qualquer reforma que tivesse como objetivo colocar um ponto final na histórica tutela militar sobre o Estado”.
Altman avalia que mesmo apesar do relacionamento entre as Forças Armadas e o bolsonarismo, “a opção da terceira administração liderada pelo PT seguiria o modelo da transição pós-ditadura: garantir impunidade à caserna, permitir o recuo organizado dos generais aos quartéis, preservar a autonomia corporativa dos fardados e manter intocadas as estruturas da guarda militar sobre a sociedade”.
Flickr/Palácio do Planalto
Governo Lula optou por evitar uma "frente de batalha" com os quartéis
Em sua análise, o jornalista ressalta que uma das explicações para tal política é o receio de uma eventual reação do exército contra o governo, “alimentando atos de desestabilização, sabotagem e golpismo”.
Além disso, Altman menciona que o governo Lula optou por evitar uma “frente de batalha” com os quartéis, oferecendo assim perdões e benefícios desde que retomassem às suas funções e deixassem a lealdade a Bolsonaro.
Ao longo do programa, o jornalista também explica sobre a tutela militar, o papel do exército ao longo das décadas e governos no Brasil até a ditadura, e como o governo lidou com as Forças Armadas após o período antidemocrático.