O jornalista Breno Altman apresentou nesta segunda-feira (27/02) o programa 20 MINUTOS ANÁLISE respondendo a pergunta: qual a política de Lula para guerra na Ucrânia?
Ao início do programa, o fundador de Opera Mundi relembrou da votação realiada na Assembleia Geral das Nações Unidas, na última quinta-feira (23/02). Foi votada uma resolução que condenou a Rússia pela guerra na Ucrânia, exigindo a imediata retirada das tropas de Moscou dos “territórios internacionalmente reconhecidos” da nação vizinha, a qual o Brasil foi favorável.
Os patrocinadores principais dessa resolução, que reuniu 141 votos, foram os Estados Unidos, a União Europeia e a Ucrânia, de acordo com Altman.
O jornalista levantou que a posição do governo brasileiro dentro da votação suscitou imediata discussão dentro e fora do país, afirmando que isso teria se dado “especialmente porque colocou em xeque a neutralidade antes anunciada pelo presidente Lula diante da guerra na Ucrânia”.
Veja o programa na íntegra:
Ao abordar a postura de outros países durante a votação, Altman lembrou que o Brasil foi o único país integrante dos Brics(Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a não se abster, ou votar contra a resolução. A Rússia foi a única do agrupamento a votar contra.
Segundo Altman, “na América Latina o voto também se dividiu”: Argentina, México, Colômbia e Chile acompanharam o voto brasileiro; Bolívia, Cuba, Venezuela se abstiveram, e Nicarágua votou contra.
Ricardo Stuckert
Jornalista também destacou que o voto do governo Lula não divergiu do de Jair Bolsonaro durante 10 meses de guerra
“A posição adotada pelo Brasil não foi uma posição que conseguiu unificar os seus aliados principais. Ao contrário, provocou divisão, dois pontos de vista”, apontou.
O jornalista também destacou que o voto do governo Lula não divergiu do de Jair Bolsonaro durante 10 meses de guerra: “nas resoluções fundamentais, Bolsonaro votou ao lado dos Estados Unidos e da União Europeia, votou contra a Rússia”.
Ao final, questionou se o voto brasileiro nesta resolução representaria uma nova política externa do governo Lula, apontando que poderia passar a haver uma “prioridade no eixo estruturante de aliança entre Brasil e América do Sul de um lado e a Europa do outro”.