– O dia 4 de julho (Independence Day) é importante para os EUA e para Bolsonaro! O presidente fez questão de ir ontem (03/07), pela noite, à Embaixada americana em Brasília para participar das celebrações dos 243 anos de independência dos EUA. As comemorações comandadas por Trump lá nos EUA no dia de hoje (04/07) estão previstas para ocorrer com um desfile de tanques e aviões de guerra. A participação do chefe direto da presidência da República nesses é eventos é bastante rara e incomum, até porque as Embaixadas dos demais países também comemoram suas datas nacionais, geralmente celebrando suas independências. O fato da mais alta autoridade do país ir a uma festa e não ir às demais denota relações privilegiadas com um determinado país em detrimento dos outros, mas Bolsonaro não parece se incomodar com isso, muito pelo contrário.
– O parlamento europeu já tem novo presidente. Trata-se de David-Maria Sassoli, jornalista e político italiano, do Partido Democrático, membro do Parlamento Europeu desde 2009. Ele substituiu outro italiano, Antonio Tajani, que presidia o parlamento do bloco desde 2017. Ele obteve 245 votos na assembleia parlamentar de 751 membros e sobre o Brexit disse que é preciso haver “bom senso e espírito de diálogo e amizade”. Também alertou sobre a necessidade de se rever as regras sobre migração e asilo político. O italiano ocupará um dos principais cargos do bloco, ao lado da francesa Christine Lagarde que presidirá o Banco Central Europeu e a alemã Ursula von der Leyen que será a presidente da Comissão Europeia.
– Depois de anunciar que o Brasil pode se empenhar no comércio de bijuterias de nióbio para o Japão, Bolsonaro voltou ao Brasil, vindo do G20, animado em ativar o mais rápido possível a região de Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, como a “Cancun brasileira”. No entanto, para isso, terá que flexibilizar as regras ambientais na Estação Ecológica de Tamoios que fica na região e isso só pode ser feito via legislação. A unidade de conservação, localizada na Baía da Ilha Grande, na Costa Verde, nas proximidades do complexo nuclear de Angra dos Reis, é composta por 29 ilhas e foi criada em 1990 por uma exigência legal que determina que todas as usinas nucleares devam estar em áreas delimitadas como estações ecológicas. O governo Bolsonaro quer transformar a região em “área especial de interesse turístico”.
– O Fundo Amazônia não deve conseguir sobreviver ao governo Bolsonaro. Criado em 2008, seu objetivo tem sido recolher doações para investimentos na prevenção, monitoramento e combate ao desmatamento da floresta. Os principais colaboradores, Noruega e Alemanha, já depositaram 3 bilhões e quase 200 milhões respectivamente. Ocorre que medidas recentes do ministro do meio ambiente Ricardo Salles, estão espantando os países parceiros. Primeiro o ministro pediu a extinção do Comitê Orientador do Fundo Amazônia no contexto da restruturação do BNDES e em seguida disse que gostaria de usar parte dos recursos para indenizações de proprietários de terras que estão em unidades de conservação. Em carta, os Embaixadores Nils Martin Gunneng (Noruega) e Geog Witschel (Alemanha) disseram esperar que “o BNDES continue a administrar o fundo e a aprovar os projetos planejados, de acordo com os entendimentos e diretrizes existentes”. Outro fator que tem desmobilizado o fundo é o dado recente de que o desmatamento da Amazônia aumentou entre 15% e 18% nos últimos 12 meses, atingindo uma área de mais de 4500 km2, os dados são do Inpe.
– Um dos efeitos aguardados do recente encontro entre Trump e Xi Jinping no âmbito do G20 em Osaka, no Japão, está relacionado ao anúncio do presidente norte-americano de que relaxaria a pressão sobre a Huawei. Na última segunda, o governo foi mais específico e disse que a empresa chinesa seria autorizada a comprar “chips diversos e softwares ou outros serviços que também possam ser encontrados em outras partes do mundo”. As empresas de telecomunicações dos EUA continuariam impedidas de comerciar com a Huawei, mas o Google e outros poderiam voltar a operar o sistema Android nos aparelhos. No entanto, pouco foi feito de operacional pelos norte-americanos para que isso ocorra.
– A situação na Líbia não está nada tranquila e um evento desta semana voltou a chamar atenção dos olhos do mundo. Um ataque aéreo a um centro e detenção para migrantes matou pelo menos 40 pessoas e deixou mais de 80 feridas (Reuters/France Presse). O centro ficava perto de Trípoli e abrigava nacionais de outros países africanos. A Libia tem sido, nos últimos anos, o posto de passagem para cidadãos africanos migrarem para a Europa, em especial para a Itália. O Conselho de Segurança da ONU se reuniria ontem (03/07) de forma extraordinária para tratar o tema.
– Por falar em Itália e Migrantes, foi libertada a capitã do Sea Watch 3, a alemã Carola Rackete, que afrontou o governo italiano xenófobo ao tentar aportar com a embarcação que contava com 42 imigrantes africanos no porto Lampedusa. Segundo a juíza que a libertou, ela estava cumprindo seu dever de “salvar vidas”. O ministro do Interior e vice-primeiro ministro italiano Matteo Salvini a chamou de “pirata” e “criminosa” e quer que ela seja expulsa imediatamente do país, alegando perigo para a segurança nacional. A capitã violou a proibição e aportou a embarcação após mais de duas semanas de espera por autorização e quando a situação dentro do navio já era de calamidade. Alemanha, França, Portugal, Finlândia e Luxemburgo se ofereceram para receber os migrantes.
– Filha de mãe haitiana, uma pequena brasileira de 2 anos está desaparecida no Rio Grande, na fronteira entre o México e os EUA.
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